A Greve de 1000 Dias no México
Babá, coordenador nacional da CST
No dia 21 de outubro trabalhadoras e trabalhadores que integram o Sindicato Único de Trabajadores e Notimex (SutNotinex) que trabalham na Agência de Notícias del Estado Mexicano, enviaram um combativo e caloroso convite para representantes de trabalhadores lutadores das mais diversas localidades do planeta onde realizam atividades sindicais, políticas e sociais, que contribuímos nas lutas por um mundo melhor e para destruir o capitalismo e construir uma sociedade socialista.
O SutNotimex integram jornalistas,comunicólogos e administradores, dos quais 80% é composto por mulheres, que se negam a renunciar a seus direitos trabalhistas e humanos mais elementares, e decidiram enfrentar o governo mexicano e a diretora geral da Notimex, Sanjuana Martinez, e decidiram realizar a greve mais duradora que se tem noticias hoje.
No dia 21 a greve completou 32 semanas, em meio a pandemia e outras graves situações que enfretam eles com seus familiares, sem que haja uma resposta do governo mexicano, apesar que juricamente e em outras instâncias correspondentes, que demonstram a justeza de suas demandas, que são garantidas pela própria Constituição do País, e todas as leis trabalhistas, assim como o convênio da Organização Internacional do Trabalho.
Esta greve se converteu na mais longa greve que se tem notícia no mundo, que tenha atingido um organismo público no México, já que no próximo 16 de novembro, a greve irá completar Mil dias, trazendo graves problemas para os grevistas e seus familiares. Nesse Mil dias que estão por se cumprir já aconteceu mortes de familiares e onde muitos trabalhadoras e trabalhadores estão com a saúde deteriorada.
No período da greve está havendo solidariedade de sindicatos e organizações mexicanas, mas o SutNotimex busca uma solidariedade internacional, tanto para apoiar a greve como para promover uma Ação Global, para pressionar o governo mexicano, a atender as reivindicações da classe trabalhadora da Notimex, para que a greve seja encerrada antes de completar os Mil dias no dia 16 de novembro.
No dia 21 de outubro participaram representações de trabalhadores de vários países, como da Ucrânia, da Polônia, dos Estados Unidos, do Peru, da Argentina e do Brasil, entre outros. Tive a honra de poder participar desse evento representando a CST – Corrente Socialista das Trabalhadoras e Trabalhadores, pois fomos convidados pelos camaradas do Sindicato. Pelo Brasil estiveram representantes da nossa combativa central a CSP-CONLUTAS, entidade que sempre apoiou essa luta e outras batalhas internacionais do proletariado mundial. Entendemos que temos que ampliar no Brasil o apoio de sindicatos, e organizações, para levar essa luta a uma vitória contra o governo Mexicano.