Construir fortes atos e paralisações no dia 18 de outubro! Fora Bolsonaro!
No dia 05/10, o governo Bolsonaro fez um novo corte na educação, desta vez em mais de 95%, e bloqueou 2,4 bilhões de reais das universidades e escolas! De acordo com a Andifes, somado aos ataques orçamentários promovidos por Bolsonaro este ano, já foram saqueados 763 milhões de reais das universidades e institutos federais, do já pífio orçamento aprovado para 2022. Reitores de diversas universidades federais, como a UFMG, declararam que não sabiam como pagar contas de água, luz, trabalhadores terceirizados e etc. Esse é o tamanho do crime bolsonarista.
Bolsonaro é declarado o inimigo número um da educação, desde o início do seu governo. A ala bolsonarista do Congresso que sustenta seu governo tentou aprovar a cobrança de mensalidades nas universidades, agora tenta destruir as instituições de ensino federais nos últimos meses de seu governo. A partir da repercussão negativa, o ministro da educação anunciou o desbloqueio das verbas sem estipular prazos, porém não podemos confiar no governo bolsonarista. É preciso seguir a luta em defesa da educação pública de qualidade, da ciência, da pesquisa e da permanência estudantil.
As fake news bolsonaristas entraram em ação, negando que haja cortes, afirmando que as verbas poderiam voltar às universidades e escolas em dezembro, no entanto, o que a ANDIFES explica é que mesmo que elas voltassem, não haveria tempo para que essas verbas fossem executadas, já que só poderiam ser gastas neste ano, de acordo com a lei, o que na prática significa um corte.
Além disso, as verbas da saúde seguem confiscadas, impactando, por exemplo, nas residências médicas, no Sistema Único de Saúde e no tratamento da AIDS. Soma-se a esse cenário o recente corte do governo no programa Farmácia Popular, que prejudica ainda mais o acesso da população aos seus tratamentos. Lutar contra esse governo até o seu fim é uma necessidade! Seguir defendendo o piso nacional da enfermagem, valorizar aqueles que salvaram vidas durante a pandemia.
Dinheiro para saúde e educação, não para o orçamento secreto!
Muitos se perguntam por que Bolsonaro faria uma medida antipopular como essa às vésperas do segundo turno, mas a verdade é que isso tem tudo a ver com o segundo turno. O dinheiro confiscado da saúde e educação foi direto para o orçamento secreto a fim de comprar apoio de parlamentares do centrão e garantir apoio às medidas do governo neste final de ano, como a reforma administrativa que vai destruir a carreira dos trabalhadores em educação e demais servidores. O orçamento secreto, que liberará emendas parlamentares para deputados, também pode estar sendo usado como compra de apoio de centristas e empenho de suas bases no segundo turno, uma medida desesperada de Bolsonaro para não perder o poder.
Por isso, nós, da Juventude Vamos à Luta, achamos fundamental o chamado da UNE de construção de atos de rua e paralisações. No entanto, o dia 18/10 está distante e a indignação é grande. Já aconteceram manifestações espontâneas em diversas IFEs, como no CEFET BH, na UFU, UFBA, UNIFAL, UFSM, IFPE, entre outras. Muitas mais têm assembleias marcadas para mobilizar para as manifestações do dia 18.
Essas ações resultaram num recuo do MEC, liberando parte das verbas. Essa liberação é uma vitória parcial, mas para liberar o restante das verbas ainda bloqueadas e o orçamento da saúde precisamos sequir na luta!
Ocupar as ruas de todo o Brasil pela educação e pelo Fora Bolsonaro!
É preciso, através de paralisações e mobilizações nacionais e unificadas, assegurar verbas para as IFEs, assistência estudantil, ensino, pesquisa e extensão. Isso só é possível com assembleias e plenárias desde a base, com chamados dos CAs e DAs, DCEs e grêmios estudantis para a construção do calendário de luta.
Ao contrário do que fizeram nos últimos anos, as direções do movimento estudantil não podem titubear para enfrentar Bolsonaro na luta cotidiana, com construções amplas, democráticas e combativas.
É o momento de irmos às ruas para deixar o recado gritante de que não aceitaremos mais um governo genocida e inimigo da juventude. Para convencermos os estudantes e a classe trabalhadora de que, no segundo turno, precisamos depositar um voto crítico em Lula; votar 13 para derrotar o governo Bolsonaro.
Estamos diante de uma das maiores batalhas da nossa geração, e para virar voto temos que encontrar as 33 milhões de pessoas que não foram votar, disputar cada voto e desmascarar a demagogia bolsonarista.
Agora, durante a eleição, o governo antecipa o Auxílio Brasil, mas queria oferecer uma miséria aos trabalhadores, fala que conquistou a redução dos preços dos combustíveis, mas a dona de casa segue pagando caro no gás de cozinha, a política de preços da Petrobras segue indexada ao dólar e visando engordar os bolsos dos acionistas e a fome segue sendo uma realidade no país. É a partir de pautas concretas e com um voto crítico no 13 que podemos dialogar com a população, pois a política de “paz e amor” e “para voltar a ser feliz de novo” se mostrou ineficiente e desarmou os ativistas.
Além disso, precisamos nos manter mobilizados para possíveis ataques que virão desse mesmo governo, que está aliado com a burguesia nacional, interessada em desmontar a universidade pública, como a votação da Reforma Administrativa. Para ter verbas para educação pública, temos que enfrentar os lucros dos banqueiros, deixando de pagar a Dívida Pública que leva milhões do orçamento nacional e taxar as fortunas dos ricaços.
Dessa forma, chamamos todes a construírem em cada instituição de ensino o dia 18/10 com fortes atos e paralisações e a se somar nas nossas colunas, a virar voto para tirar Bolsonaro do poder e seguir lutando por universidades e escolas a serviço da classe trabalhadora e seus filhos.