Vamos às ruas! Fora Bolsonaro e a cultura do estupro.

 

Prisão para os estupradores

 

No dia 11/07 o médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra foi preso em flagrante num hospital público na baixada fluminense, no Rio de Janeiro, estuprando uma gestante durante o parto de seu filho. O médico era suspeito e teve a prisão em flagrante, após denúncias de enfermeiras. Após a prisão do anestesista, apareceram outros casos de vítimas deste mesmo estuprador.

 

É repugnante e inaceitável que qualquer mulher seja estuprada, mas quando isso ocorre com uma gestante em trabalho de parto, o caso aumenta nossa revolta.

 

Entendemos que esse caso não é isolado, mas é parte da cultura do estupro existente no Brasil machista e misógino  de Bolsonaro, que incita este tema. Bolsonaro, quando ainda deputado, afirmou, em discussão com uma parlamentar: “só não te estupro porque você não merece”. Na semana passada, uma estudante foi estuprada dentro do campus da Universidade de Brasília. As universidades públicas estão sob duros cortes no orçamento, o que prejudica a estrutura das universidades, a iluminação e segurança dos campi. A precarização nos coloca ainda mais vulneráveis!

 

Enquanto presidente, Bolsonaro cortou verba para as casas de apoio as mulheres vítimas de violência. Nomeou Damares Álvares para o ministério que supostamente defenderia o direito das mulheres, mas que, na prática, usou dinheiro público para atacar os direitos das mulheres, como nos casos em que meninas vítimas de estupro foram torturadas nas tentativas de retirarem seu direito ao aborto. Após o último caso recente, o governo Bolsonaro editou um cartilha mentirosa que diz “todo aborto é crime”, que criminaliza as meninas que foram estupradas. A cartilha não deveria se dirigir às estupradas, mas sim aos estupradores: “TODO ESTUPRO É CRIME”.

 

Hoje, Damares Alves aspira a uma candidatura ao Senado, enquanto Cristiane Britto segue fazendo o trabalho sujo desse governo de misóginos e amigos de estupradores. É mais do que urgente retomar os protestos massivos de rua contra o governo Bolsonaro e a cultura do estupro. Contra as medidas de ajuste fiscal que colocam as mulheres cada vez mais vulneráveis. A falta de uma oposição combativa nas ruas pode abrir espaço para o projeto de Damares, de levar para o senado todo o machismo e misoginia, e também a transfobia da ex-ministra. Por isso, é fundamental que os partidos, movimentos feministas e estudantis, assim como as pré-candidaturas que se coloquem ao lado da luta feminista sejam parte da convocação de protestos nacionias contra Bolsonaro e o machismo. A luta feminista precisa ser de enfrentamento!

 

Enfrentamento ao projeto econômico de Bolsonaro, que governa para os ricaços e banqueiros, enquanto as mulheres sofrem com a crescente fome e a ausência de políticas para o enfrentamento aos estupradores e agressores, e a falta de verbas para garantia de segurança das nossas vidas. Pelo não pagamento da Dívida Pública e pela taxação das grandes fortunas! Que esse dinheiro se reverta para garantir a vida das mulheres!

 

 

É necessária a mais ampla unidade de ação do movimento de mulheres, apelamos ao 8M RJ que se reúna urgentemente:

 

– Prisão exemplar e cassação do CRM deste estuprador que se utiliza do seu material de trabalho para dopar mulheres e cometer este crime hediondo;

 

– Apuração de todos os casos de denúncias das vítimas deste estuprador;

 

– Indenização às vítimas;

 

– Fora Bolsonaro e a Cultura do estupro!

 

– Participação no protesto de 13/07 às 14h, organizado pelas feministas da Baixada Fluminenese

 

– Pela continuidade desta luta nas ruas!

 

– Contra os cortes de verbas nas universidades e por políticas de enfrentamento à cultira do estupro nas IFES.

 

– Contra a escalada de criminalização das mulheres que abortam! Seguir na luta pelo aborto legal, seguro e gratuito, oferecido pelo SUS!

 

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