Edmilson devolva imediatamente o salário cortado das (os) trabalhadores (as) não docentes da Educação de Belém!
O prefeito de Belém Edmilson Rodrigues/PSOL autorizou o corte de salários de trabalhadores (as) da educação (administrativos, merendeiras, porteiros, secretários de escolas, técnicos de nível superior e serviços gerais) que estiveram em greve desde abril, há mais de 50 dias. A luta foi para equiparar o salário da categoria ao salário mínimo nacional (R$ 1212,00). Hoje esses trabalhadores estão recebendo R$ 896,26, um salário vergonhoso e inconstitucional. Na pauta da categoria também estava o reajusta do vale alimentação dos atuais R$ 300 para R$ 600, o valor de uma cesta básica, entre outras pautas.
Nós, da Corrente Socialista de Trabalhadoras e Trabalhadores (CST), organização fundadora do PSOL, prestamos nossa total solidariedade a esses trabalhadores (as) que estiveram legitimamente em greve cobrando o direito de receber um salário mínimo, como Edmilson Rodrigues prometeu durante a campanha eleitoral.
Repudiamos a atitude patronal e comum a partidos de direita de cortar salários de grevistas. O núcleo dirigente do governo cortou os salários, contratou pessoas para substituir servidores em greve e praticou o assédio moral com a intenção de acabar com a luta justa dessa categoria. Na mesa de negociação a Prefeitura propôs reajustar o salário para somente R$ 960 e só negociava com a categoria se a greve for encerrada.
Cercar de solidariedade à luta dos servidores municipais
É tarefa de toda esquerda cercar de solidariedade os servidores municipais de Belém em greve e denunciar essas medidas patronais do governo de Edmilson Rodrigues, repudiando as práticas de direita da prefeitura.
Os parlamentares de esquerda precisam romper repudiar o corte de ponto, apoiar materialmente os grevistas e pressionar ativamente a prefeitura para que atenda as reivindicações dos trabalhadores. Além disso, convocamos os setores da esquerda do PSOL, das correntes dos companheiros Fernando Carneiro e Vivi Reis a romper com a prefeitura entregando seus cargos em apoio à luta dos servidores.
A FRENTE AMPLA GOVERNA BELÉM ATACANDO DIREITOS
Em entrevista o prefeito Edmilson Rodrigues disse que a greve é feita por um “pequeno grupo de esquerda aliado aos bolsonaristas”. O dirigente da corrente de Edmilson, Luiz Araújo, chamou os servidores em greve de bolsonaristas. Repudiamos essas falas e denunciamos que visam justamente distorcer a realidade e jogar a esquerda e setores progressistas contra os grevistas. Na realidade temos uma categoria sofrida, que hoje ganha menos de um salário mínimo e que está lutando por dignidade, enquanto os órgãos públicos municipais estão ocupados por DAS e contratados aliados ao Prefeito e indicados por vereadores da base de apoio do prefeito, muitos deles de partidos bolsonaristas e ex-aliados do antigo prefeito, Zenaldo Coutinho (PSDB).
Os servidores de carreira têm denunciado esse jogo de interesses nefasto que ocorre no serviço público municipal em Belém. Têm denunciado também a precariedade do serviço. O recente aumento da passagem de ônibus e a entrega dos serviços de iluminação para uma empresa privada também são exemplos dessa política equivocada.
Alertamos aos lutadores e lutadoras do Estado e do país: governos deste tipo, de aliança entre partidos de esquerda e partidos de direita, na prática levam a políticas de ataques a direitos do povo trabalhador. E esse tipo de experiência acaba por fortalecer novamente alternativas de direita e de extrema-direita.
Corrente Socialista de Trabalhadoras e Trabalhadores (CST)