Dória e Rossieli enganadores! Não pagam o piso, mentem para os professores e para a população!
A vida do professor da rede pública no estado de São Paulo está cada vez mais difícil. Além de enfrentar todos os problemas gerados por anos de sucateamento do PSDB nas escolas, agora vemos a cada mês nossa situação piorar com o salário corroído por uma inflação mais alta – isso em meio há anos de defasagem salarial. Mas o governador Dória e o secretário Rossieli fingem que está tudo bem, mentindo sem nenhum pudor, dizendo que a educação pública de São Paulo é de excelência e que os professores são bem remunerados. Quanta mentira!
Já estamos em abril e até agora nenhum reajuste. A base salarial continua distante do piso nacional dos professores atualizado e sancionado por lei federal em 2022 e mais distante ainda dos tais R$5.000,00 de salário inicial prometidos pelos mentirosos Dória e Rossieli. Se não bastasse a enrolação para cumprir a lei e pagar o piso a dupla de pinóquios impôs uma nova carreira que significa um grande retrocesso para os professores e para educação porque aumenta a carga horário de trabalho, limita licenças e faltas médicas, acaba com as faltas/aula e segue com as pressões, chantagens e a política do medo imposta aos professores, sobretudo os temporários, que ficam cada vez mais à mercê de seus gestores.
Chega de enrolação! Precisamos que o governo incorpore ao nosso salário os 33,2% do piso nacional imediatamente!
Lutar para revogar a nova carreira e conquistar de volta nosso direito as abonadas!
Imediata transformação de todos os professores categoria O em F!
Para combater a violência nas escolas, 25 alunos por sala já!
Professores temporários (Categoria O) também estão na luta.
Todos os projetos impostos pelo PSDB na educação têm como objetivo avançar no modelo neoliberal e retirar direitos dos professores. Parte dessa política contra a educação pública é a ausência de concursos públicos por mais de uma década quando é evidente a necessidade de aumentar o quadro docente. Por isso hoje um percentual significativo da educação pública de São Paulo é composto por professores temporários (categoria O).
Durante esses anos os tucanos agiram para dividir a categoria, pois os mentirosos têm plena consciência que a categoria unida é forte e ameaçadora aos seus interesses. Por isso não podemos fazer o jogo do governo.
A narrativa que é feita por alguns professores e até por setores da direção da APEOESP de que as últimas derrotas da categoria foram de responsabilidade da base e dos próprios professores é mentirosa e só serve para dividir e dispersar a categoria. Somos todos professores e professoras e estamos na mesma luta!
A direção da APEOESP tem responsabilidade pela derrota!
Diante dessa situação de ataques temos que fazer um balanço franco e verdadeiro na categoria para compreendermos a derrota e prepararmos as próximas batalhas para vitórias e nesse sentido não há como não responsabilizar a maioria da direção da APEOESP. A Assembleia Geral da categoria era uma necessidade desde o início do ano letivo, no entanto o sindicato dirigido pela deputada Bebel só realizou uma Assembleia no dia 29/03, no mesmo dia que seria a votação final do projeto da nova carreira. Um completo absurdo! E não foi por falta de alerta. Nas assembleias regionais foi proposto que o ato convocado para o dia 16/03 se transformasse em Assembleia, mas a maioria da direção impediu, até mesmo repetindo votações.
A direção da APEOESP precisa se voltar a base no chão da escola, utilizar toda a estrutura do maior sindicato da América Latina para dialogar com cada professor e professora, é preciso lembrar que o governo Dória apostou todas as suas fichas em confundir a categoria e infelizmente o nosso sindicato não esteve preparado para responder à altura, era preciso desmenti-los e desmascará-los em cada escola e para cada professor, assim poderíamos ter preparado muito melhor o combate com assembleias mais massivas e representativas.
Nos estranha também que em plena batalha contra os planos de Dória e Rossieli, a APEOESP tenha feito, corretamente, uma propaganda no Jornal Nacional. O estranho é que aparece mais a própria Bebel discursando em diversos ângulos do que as pautas da categoria e as denúncias contra Dória e Rossieli, numa referência ao período eleitoral que se aproxima, porém financiado pelo sindicato. Obviamente, esse tipo de prática também é uma contribuição para o esvaziamento das ações da categoria e para a desconfiança que um setor tem no sindicato, sobretudo de professores temporários visto que muitos estão abandonados nas escolas à mercê de seus gestores. O foco precisa ser a nossa luta!
Educação em Combate SP