Não bastasse a inflação, o constante aumento da comida, da gasolina, sucateamento dos serviços públicos e um salário que não vê aumento real desde 2018, a população santa-mariense agora precisa lidar com um novo aumento da passagem de ônibus, de R$ 4,20 para R$ 5,34. As empresas de ônibus alegam, como sempre, que enfrentam prejuízos na casa dos milhões, mas que empresas são essas que trabalham em prejuízo há 45 anos!?

Não podemos esquecer que, durante a pandemia, essas empresas chantagearam a população, argumentando que era necessário cortar gastos, caso contrário haveria um novo aumento de passagem, e dispensaram quatrocentos cobradores de ônibus, fazendo com que os motoristas acumulassem funções. A verdade é que as empresas só querem aumentar os seus lucros a custo da exploração dos (as) seus (suas) funcionários (as).

Também não podemos esquecer que o prefeito do PSDB, Jorge Pozzobom, que tenta se descolar do bolsonarismo, assim como o seu partido, segue a mesma política do governo federal, atua a favor da burguesia e espalha mentiras para acalmar os ânimos. Desde 2019, quando a passagem de ônibus subiu para R$ 4,20, o prefeito alega que a licitação do transporte modal sairá até o final do ano e que será feito um fundo municipal para subsidiar.

Não basta licitar para que setores privados continuem explorando a mão-de-obra e decidam os rumos do transporte santa-mariense conforme as cabeças da diretoria, é necessário municipalizar o transporte público e garantir que democraticamente a população tenha controle sobre o planejamento urbano! A criação de um fundo municipal, no fim das contas, é para socializar os prejuízos e privatizar os lucros. Como já vimos em outros momentos, a única chance que temos de barrar os aumentos de tarifa é através de uma forte mobilização do povo trabalhador e da juventude da cidade para colocar os empresários e a prefeitura contra a parede. Precisamos ocupar as ruas para evitar mais esse assalto ao bolso das trabalhadoras e dos trabalhadores de Santa Maria e exigir para já uma mudança na política de transporte coletivo.

Não ao aumento!

Rumo à tarifa zero!