Dia 07 de setembro: Tomar as ruas pelo Fora Bolsonaro/Mourão!
O governo da extrema direita é uma catástrofe. Responsável número 1 pelas mais de 580 mil mortes pela COVID-19 no país, Bolsonaro segue defendendo sua política negacionista. Na economia, o Brasil também vai de mal a pior. São 40 milhões de pessoas no país que gostariam de ter um emprego, mas não conseguem ou até já desistiram de procurar. A inflação do preço dos alimentos acumula quase 30% desde o início da pandemia. Itens básicos, como o arroz, subiram quase 60% desde o início da pandemia. A gasolina chega a quase 30% de aumento nos últimos 12 meses. A isso se juntam os diversos ataques aos direitos trabalhistas e as privatizações, que só trazem mais desemprego e serviços públicos de má qualidade para a classe trabalhadora. Enquanto isso, no “andar de cima”, os privilégios e as regalias dos ricaços não param de crescer. Esses parasitas se aproveitaram da pandemia para, com o apoio dos governos, lucrar ainda mais. Hoje, o 1% mais rico da população concentra mais de 50% da riqueza. Isso explica o aumento da fome, da miséria, do desemprego e de pessoas morando na rua. Contra tudo isso temos que fazer como os povos indígenas, que estão protestando em Brasília por suas terras ancestrais, ou fazer greves como a dos operários da MRV/Campinas, dos trens de São Paulo e paralisações como a dos motoristas da Comlurb/RJ.
Temos que avançar na construção do 07 de setembro
É preciso construir novas jornadas de luta nacional, combinadas com as manifestações nos locais de trabalho por reajuste de salário, por melhores condições de trabalho, contra os cortes de verbas das universidades e ataques a saúde e educação. As direções da CUT, CTB e Força Sindical devem construir assembleias nas categorias onde estão à frente dos sindicatos e romper sua política de paralisia. Lula, em vez de estar com uma agenda lotada de reuniões com a direita liberal, deve convocar a população às ruas e parar de aguardar passivamente as eleições do ano que vem. Mais 16 meses de Bolsonaro só aprofundarão o desastre pelo qual estamos passando. Não podemos mais esperar, é preciso colocar pra Fora Bolsonaro, já! Não podemos acreditar que a frente ampla e as coligações com os patrões servirão para os trabalhadores. Um exemplo é que os governos e partidos ditos “progressistas” e da “frente ampla” estão aplicando o ajuste fiscal, retirando direitos, aceitando privatizações.
Combater com mobilização as ameaças golpistas de Bolsonaro!
Bolsonaro, defensor da ditadura militar, das torturas e da perseguição política aos movimentos sociais, subiu nas últimas semanas seu discurso golpista. Ameaça que, sem o voto impresso, não haverá eleições no ano que vem. Inflama seus seguidores para que peçam uma intervenção militar no país, enquanto segue comandando uma agenda de ataques históricos aos direitos trabalhistas, com o apoio da direita liberal e dos governadores. Para apoiar sua agenda de ataques contra os trabalhadores e defender um golpe militar no país, os bolsonaristas irão às ruas bancados por parcela do grande empresariado no dia 07. Não podemos só combater a extrema direita com declarações. Desde a articulação POVO NA RUA, nós, da CST-PSOL e do Combate Sindical, temos defendido que só nas ruas derrotaremos esse governo e a extrema direita. Por isso, é preciso mais do que nunca mostrar que as ruas são nossas, que nelas seguiremos nos manifestando e exigindo que as maiores centrais sindicais construam pela base uma greve geral para tirar esse governo e derrotar as medidas de retirada de direitos. Nossa central sindical, a CSP-CONLUTAS, convoca suas bases a ocupar as ruas “por empregos, direitos e contra as ameaças autoritárias”
Não à privatização dos Correios, à reforma administrativa e à MP 1045!
A privatização dos Correios pode ser um dos maiores ataques contra o conjunto da classe trabalhadora nos últimos anos. A sanha privatista de Bolsonaro e Paulo Guedes é aplaudida pela classe dominante e conta com o apoio da direita liberal (PSDB, DEM, etc) e da grande imprensa financiada pelos grandes empresários (Globo, Record, SBT, Band, etc). A privatização já passou na Câmara dos Deputados e será votada no Senado nas próximas semanas. Frente a esse duro ataque, temos defendido na categoria dos trabalhadores dessa estatal que a melhor maneira de pressionar os senadores é com a construção de uma forte greve unificada em nível nacional, que possa dar uma resposta ao governo e à classe dominante. Houve ainda mais privatizações de setores da Petrobras.
Junto com a privatização dos Correios, vem a MP 1045, atacando direitos básicos do trabalhador, como FGTS, 13º e férias. Sim, Bolsonaro quer nos tirar até isso, para que os grandes empresários e banqueiros fiquem ainda mais ricos. Agora, o governo da extrema direita e o Congresso Nacional, recheado de políticos patronais e corruptos, querem destruir os serviços públicos (como saúde e educação) com a chamada reforma administrativa, que só favorece os empresários e prejudica o povo trabalhador que necessita do SUS, das escolas e dos órgãos estatais gratuitos.
Taxar as grandes fortunas e não pagar a dívida pública! Por um Brasil Socialista!
Além de colocar para Fora Bolsonaro e Mourão, precisamos discutir propostas de fundo, para combater os graves problemas sociais do país. Nós, da CST-PSOL, defendemos que é preciso tirar dos ricaços, dos bilionários, dos parasitas que lucram e mantém altos privilégios em cima da miséria do povo. Para isso, precisamos imediatamente taxar as grandes fortunas e parar de pagar a ilegítima dívida pública, que retira investimentos das áreas sociais para garantir o aumento das riquezas dos banqueiros e multimilionários, e devemos destinar essas verbas para geração de emprego, auxilio emergencial, reposição das perdas salariais, investimento em saúde e educação. Defendemos também a revogação das Reformas Trabalhista e da Previdência, além da reestatização das empresas privatizadas em todo país.
Nossa saída de fundo nesse 7 de setembro, dia que se fala de uma suposta independência do Brasil, é lutar e nos organizar para construir um governo da classe trabalhadora e do povo, um governo operário e popular que rompa com as multinacionais imperialistas que nos saqueiam e com os patrões que só nos exploraram, impondo uma efetiva independência. Precisamos avançar rumo a um Brasil Socialista, pois o capitalismo só tem gerado mais miséria, desemprego e falta de perspectivas de futuro para nossa juventude.