Vamos à luta contra a privatização dos Correios!
O governo Bolsonaro quer avançar na privatização dos correios. A última ação foi a aprovação pela câmara dos deputados do requerimento de urgência apresentado pelo deputado Hugo Motta (Republicanos/PB) para votar o PL 591/2021- que trata da privatização dos serviços postais. Essa medida pode acelerar a votação do PL já que a aprovação da urgência desobriga a tramitação do projeto pelas comissões. A essa ação soma-se outros passos dado pelo governo como a publicação do decreto 10674/21, que inclui os Correios no Programa Nacional de Desestatização (PND) e os estudos visando escolher um modelo de privatização para a estatal.
Todas essas movimentações têm sido acompanhada com preocupação por parte dos trabalhadores, porque sabemos que desde a campanha eleitoral Bolsonaro colocou os correios na lista de prioridade das privatizações, como parte do seu projeto de entregar todas as estatais para a iniciativa privada.
A Privatização prejudica a população e os trabalhadores
A privatização é uma política que só beneficia os empresários que comprarão as estatais a preço de banana tudo financiado pelo BNDES. E o resultado dessa política nós já conhecemos. As tarifas sobem, os serviços não melhoram e nem chegam em toda a população e muitos trabalhadores perdem o emprego ou amargam redução salarial e perda de direitos.
O governo Bolsonaro quer entregar as estatais para os amigos de Paulo Guedes, pois os maiores beneficiados com as privatizações serão os Bancos e grandes fundos de investimentos setores onde Guedes fez fortuna. A privatização é o caminho mais rápido para fazer esses segmentos lucrarem como nunca.
Federações e sindicatos. Chegou a hora de agir
A luta para barrar a privatização é muito importante. E por isso não tem como aceitar uma paralisia das federações e dos principais sindicatos como os do Rio de janeiro e São Paulo, dirigidos pela CTB- FINDECT, assim como da maioria dos sindicatos da FENTECT-CUT que são dirigidos pela articulação sindical.
Até agora os trabalhadores não foram convocados para a luta e nem existe um plano de ação para enfrentar mais esse ataque. Essa postura só ajuda o General Floriano e o próprio Bolsonaro. A direção majoritária da Fentect (Artisind-PT) e a Findect(PcdoB – CTB) deveriam ter outra atitude e enfrentar com mobilização o governo genocida e o seu plano de vender a estatal.
Por uma jornada de lutas contra a privatização
Para barrar a privatização, derrubar o PL 591/2021 e os demais ataques é necessário uma jornada de lutas unificadas encabeçada pelas federações, centrais e sindicatos. É fundamental colocar a categoria em movimento. Pela base deveriam se convocadas assembleias em todos os estados, plenárias amplas, atividades de agitação e um dia nacional de luta buscando unificar com as mobilizações em curso, como por exemplo a greve dos trabalhadores da LG.
Nós podemos derrotar a privatização, mas para isso é fundamental as direções dos sindicatos e federações saírem da paralisia e centrarem suas ações na mobilização dos trabalhadores.
Combate-CSP Conlutas