Solidariedade ativa aos operários da FORD!

Por Danilo Bianchi, Coordenação da CST

Segue a luta dos trabalhadores e trabalhadoras da FORD contra as demissões e o fechamento das fábricas anunciado em janeiro

 Desde o anúncio do fechamento das fábricas os trabalhadores não cederam ou se abateram, seguem organizando a luta e a mobilização contra esse ataque que tem um impacto social muito profundo no país, gerando desemprego e aumento da pobreza, sobretudo nas regiões onde estavam instaladas, como em Taubaté no Vale do Paraíba/SP e Camaçari na Bahia, estima-se que mais de 20 mil trabalhadores serão direta ou indiretamente afetados com desemprego e perda de postos de trabalho nesses locais.

Esse ataque contra os trabalhadores da FORD também é parte de muitas outras medidas que vêm sendo tramadas contra os trabalhadores e o povo pobre. Empresas multinacionais como a FORD, que se beneficiaram durante anos por isenções fiscais e outras benesses oferecidas pelos governos, demitem sem sofrer qualquer consequência. Só durante o ano de 2019, o governo Bolsonaro destinou mais de 300 bilhões em benefícios fiscais ao empresariado. Não podemos aceitar que mais uma vez sejam os trabalhadores e o povo pobre que paguem a conta.

Por isso, é fundamental cercar de solidariedade e fortalecer as mobilizações que os trabalhadores e trabalhadoras da Ford seguem fazendo. Com assembleias, atos, carreatas, panfletagens, adesivaços e mobilizações nas redes estão mostrando sua disposição de luta e evidenciando que essa batalha não acabou. Agora é necessário seguir com uma forte campanha de solidariedade pelos sindicatos e organizações de luta, como já fizeram a CSP-CONLUTAS, o SINTUFF, PSOL Niterói, PSOL BH, CAHIS UFU, dentre outros.

A CUT e CTB, que dirigem os sindicatos de Taubaté e Camaçari, devem dar mais peso para essa luta, convocar uma jornada de mobilizações nacional contra o fechamento da Ford, pela manutenção dos empregos e garantia de estabilidade, como corretamente chama a CSP-CONLUTAS, para organizarmos uma forte luta unitária em defesa dos operários da Ford. Da mesma forma, os sindicatos operários da região devem se colocar à disposição dos trabalhadores da Ford.  As Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo devem incorporar a solidariedade aos trabalhadores da Ford nos calendários que vêm ocorrendo. Apostar nas negociações e nas reuniões institucionais não irá reverter as demissões e o fechamento, é preciso apostar em fortalecer as mobilizações.

Nesse sentido, nós, da CST, temos apoiado e participado das atividades organizadas pelos trabalhadores da FORD. Estivemos presentes na carreata que juntou 300 carros de Taubaté até Aparecida/SP e na última assembleia da categoria (01/02). Seguiremos, de acordo com nossas forças, apoiando e fortalecendo essa luta, como disse a Coordenadora do SEPE/RJ e dirigente da CST, Bárbara Sinedino, em sua saudação na assembleia: “a luta dos e das trabalhadoras da FORD é a luta mais importante que existe em nosso país hoje, pois representa a política que os patrões e governos querem aplicar sobre o conjunto de todas as categorias, por isso precisamos nos unir para apoiar a luta e a resistência dos trabalhadores da FORD”.

(originalmente publicado no jornal Combate Socialista 122)


Ajude a divulgar a solidariedade aos operários da FORD:

Realizamos uma campanha de solidariedade aos metalúrgicos da FORD por meio de ações concretas juntos aos operários em Taubaté.

A militância da CST esteve presente na Assembleia da categoria nessa quinta-feira 18/02. Chamamos as centrais sindicais e o conjunto do movimento sindical a fortalecer essa luta e a construir um calendário nacional de lutas em defesa dos empregos e dos direitos.

 

Confira o recado, direto de Taubaté, de Pedro Rosa do SINTUFF-RJ e Diego Vitello do Sindicato dos Metroviarios de SP e da CSP Conlutas.

 

Saiba mais e confira alguns vídeos e moções:

 

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