No "Rio maravilha" de Dilma, Paes e Cabral…

Empreiteiros passam bem, servidores passam mal | Makaiba – CST PSOL -RJ

NO “RIO MARAVILHA” DE DILMA, PAES E CABRAL,

EMPREITEIROS PASSAM BEM, SERVIDORES PASSAM MAL

No último dia 05 de agosto, o prefeito Eduardo Paes fechou contrato com a empresa Concremat para fazer o monitoramento dos bueiros da cidade, que vêm desde o início do ano, explodindo em série pelas ruas das zonas sul e norte da capital fluminense, e em alguns casos já vitimaram alguns transeuntes, até turistas. A providência tomada pelo prefeito é uma iniciativa conjunta entre a Prefeitura, Governo do Estado, Ministério Público e Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio de Janeiro (CREA-RJ). Ou seja, em vez de “enquadrar” a Light, a principal responsável pela (má) manutenção das instalações elétricas que estão explodindo dentro dos bueiros, Eduardo Paes com a cumplicidade de Sérgio Cabral e o Ministério Público – a serviço do privado-, vai dar o nosso dinheiro para outra empresa fazer o trabalho que a Light lucra, mas não faz. Serão R$ 4.242.000,00 reais de dinheiro do povo por um contrato emergencial de seis meses. Literalmente, são nossos impostos indo para o “ralo”.

Mas, esse negócio de fazer “caridade” para empresários com dinheiro público, parece mesmo uma coisa muito natural para o prefeito e o governador. Os dois juntos deram R$ 30 milhões para a Geo Eventos, empresa das Organizações Globo, para organizar o “show” do sorteio preliminar das eliminatórias da Copa do Mundo de 2014. O show do sorteio, que aconteceu no último dia 30 de julho, foi na Marina da Glória no espaço alugado para grandes eventos do empresário Eike Batista. O mesmo empresário dono do “jatinho” em que Sérgio Cabral foi de carona para o sul da Bahia (quando aconteceu o acidente com o helicóptero que matou a namorada do filho do governador) para comemorar o aniversário de outro empresário, Fernando Cavendish, dono da Delta Construções (a empreiteira das obras do PAC e da reforma bilionária do Maracanã), que desde 2007 tem contratos com o Estado que chegam a R$ 1 Bilhão de reais.

As desculpas de sempre para essa transferência de dinheiro dos cofres públicos para os bolsos privados são as Olimpíadas e a Copa do Mundo. Por conta disso a prefeitura bancou R$ 40 milhões de reais para construir a “Cidade do Rock”. E, mais R$ 2 milhões são de investimentos do governo estadual para construir uma estação de tratamento no local, porque depois do Rock in Rio aquele espaço será o Parque dos Atletas em 2016. Até o dinheiro do Governo Federal (que é o outro parceiro do Governo do Estado e da Prefeitura na doação de dinheiro público a empreiteiros) para a recuperação das cidades da tragédia na região serrana, foi desviado na sua maior parte para as empreiteiras – como a Delta – que estão transformando a cidade do Rio de Janeiro em um grande canteiro de obras, e o que sobrou, provavelmente, deve está sendo usado nas campanhas publicitárias do “Rio Maravilha” de Sérgio Cabral.

Enquanto isso, seguindo o exemplo de luta dos bombeiros, os profissionais da educação do estado do Rio de Janeiro estão há dois meses em greve e acampados em frente a Secretaria Estadual de Educação por reajuste salarial de 26%, incorporação imediata da gratificação Nova Escola e pelo descongelamento do plano de carreira dos funcionários administrativos. Mas, até agora, de fato as únicas respostas que a categoria recebeu do governador as suas reivindicações, foram o spray de gás de pimenta nos olhos, disparados pela tropa de choque quando os manifestantes ocuparam o prédio da Secretaria de Educação e o xingamento de “bando de vagabundos” falado no microfone por Sérgio Cabral na inauguração de uma UPA, em Nilópolis. Com os bombeiros foi a mesma coisa, chamou-os de “vândalos” e mandou o bope invadir o quartel ocupado pelos grevistas.
Mas a cada dia cresce a indignação da população e o repudio ao governo de Cabral, assim como a luta dos bombeiros despertou enorme apoio popular, a greve dos profissionais de educação também vem recebendo o apoio e o carinho da população e de outras categorias, a exemplo do Comando Unificado de Greve das Universidades Federais do RJ que estiveram visitando o acampamento e até mesmo de artistas que gravaram vídeos de apoio a justa luta da educação.

MAKAÍBA – CST/PSOL RJ