Campanha financeira 2020 | Precisamos do seu apoio
Claudia Gonzalez e Mariza Santos, Coordenação da CST
Estamos nos aproximando dos últimos dias de 2020, um ano marcado pelo surgimento de uma pandemia (COVID-19), ocasionada pela ânsia descontrolada dos capitalistas para gerar mais lucro e que provocou profundos sofrimentos, principalmente para a classe trabalhadora e o povo pobre.
Respondendo ao avanço da pandemia, da fome, da miséria e dos abusos por parte dos governos, também foi um ano de importantes lutas no mundo. A luta antirracista nos Estados Unidos, que se espalhou pelo mundo, foi determinante para a derrota eleitoral de Trump. Houve enfrentamentos com os governos do Chile, Bolívia e Peru.
No Brasil, que não vive uma onda de lutas nacionais como nesses outros países, houve panelaços frente ao negacionismo e irresponsabilidade do Bolsonaro com a COVID, atos simbólicos dos e das trabalhadoras da saúde e marchas das torcidas organizadas. Os entregadores realizaram um Breque dos Apps. Houve greves dos trabalhadores metroviários de São Paulo, greve nacional dos trabalhadores dos Correios e de merendeiras e porteiros da educação municipal do Rio de Janeiro.
A vanguarda do funcionalismo público se mobilizou contra a reforma administrativa. As mulheres se manifestaram contra o machismo e o conservadorismo do Bolsonaro e da ministra Damares em atos contra a cultura do estupro, pela legalização do aborto e pedindo justiça por Mari Ferrer com fortes manifestações em vários estados.
Um dos maiores obstáculos para o desenvolvimento dessas lutas parciais são as direções pelegas que seguem controlando a cúpula das Centrais, movimentos estudantis, populares, negros e feministas. Elas boicotam essas lutas setorizadas e não convocam calendários unificados.
A Corrente Socialista de Trabalhadoras e Trabalhadores – Tendência do PSOL (CST) esteve presente nessas lutas, viajando para Brasília para apoiar a marcha dos trabalhadores dos Correios, fortalecendo os atos de rua, atuando com força na campanha eleitoral com as candidaturas do PSOL, e no segundo turno na batalha eleitoral com Boulos e Edmilson.
Todas as atividades requerem dinheiro. Dinheiro para viajar e apoiar lutas, manter nossas sedes, publicar panfletos, jornais. A CST se financia com o aporte de seus militantes, simpatizantes e amigos. Rejeitamos qualquer colaboração de empresários e da corrupção, como fazem os partidos patronais, comprando organizações e lutadores. Defendemos nossa independência de classe.
Assim, neste final do ano solicitamos a colaboração dos nossos leitores e apoiadores para que nossa organização continue firme nas lutas, enfrentando os governos, a burocracia sindical e as patronais.
Pedimos sua colaboração comprando nosso jornal a preço solidário de R$ 10 ou o livro recentemente publicado “A Brigada Simón Bolívar” (que narra a história dessa brigada internacional que atuou durante a revolução da Nicarágua de 1979), no valor de R$ 30 ou R$ 50 solidário.
O ano que se inicia apresentará novos desafios. Vamos continuar nas ruas lutando com a classe trabalhadora contra os planos de ajuste dos governos, pelo não pagamento da dívida pública, junto às mobilizações feministas, antirracistas e da juventude. Por isso, queremos contar com seu apoio.