28 de setembro | Dia Latino-Americano e Caribenho de Luta pela Legalização do Aborto
Pela vida das mulheres, pelo aborto legal, seguro e gratuito! O sucateamento e desmonte da saúde pública ficaram escancarados na pandemia, atingindo principalmente as mulheres negras. A culpa dessa precarização é do governo Bolsonaro, que permite a morte de milhares de brasileiros/as. Bolsonaro e a ministra Damares, através de sua ideologia conservadora e contrária aos direitos das mulheres, atacam sistematicamente o público feminino, diminuindo e não repassando dinheiro para políticas públicas de combate à violência contra a mulher, o que se expressa no aumento do número de estupros – inclusive contra crianças! – e de feminicídios por todo o território nacional.
É Damares que, com o apoio explícito de Bolsonaro, estimula ataques virtuais – que se transformam em ameaças reais! – a mulheres e crianças vítimas de violência sexual que buscam o acesso ao aborto previsto em lei – em caso de estupro e/ou risco de vida da gestante e/ou anencefalia fetal. Esses ataques, além de serem absurdos por parte de uma ministra de Estado, tem a intenção de desmontar e desarticular a forma como a rede de saúde pública atende essas vítimas, impactando de forma direta na saúde dessas mulheres, sobretudo das negras.
Neste momento, a articulação de Damares com Eduardo Pazzuelo – militar que agora é Ministro da Saúde – produziu a primeira grande vitória dessa ala ideológica: a Portaria 2.282 de 2020, que modifica os procedimentos de atendimento às vítimas de estupro, produzindo grandes barreiras para a realização do procedimento do aborto legal, ao orientar que profissionais de saúde atuem como policiais, denunciando as mulheres que precisam recorrer a este serviço.
Organizar as lutas contra a criminalização do aborto e a cultura do estupro
Em todo o mundo as ricas seguem abortando em segurança porque tem dinheiro para pagar por clínicas privadas. As trabalhadoras morrem por abortos clandestinos. No Brasil, sabemos que a maioria das mulheres que morrem são negras e periféricas. A luta pelo aborto legal é uma defesa do SUS e da vida das mulheres! A legalização do aborto é uma questão de saúde pública e não de moral, como Damares e o fundamentalismo combatem.
Dia 28/09 vamos ocupar as redes sociais e as ruas pelo direito ao aborto legal, seguro e gratuito. Pela revogação da portaria 2282! Em defesa da ADPF 442!
Contra os ataques de Damares e Bolsonaro!
Por nós, pelas que morreram e pelas que virão!