NEM DILMA NEM CUNHA! FORA TODOS!

| Nota da CST – PSOL

Em meio a um brutal ataque aos trabalhadores e à juventude por parte do governo Dilma e dos governadores, como Alckmin e Pezão e à corajosa resistência dos secundaristas paulistas e dos servidores que não aceitam perder seu 13° salário, parcelamentos e demissões, o acordão do PT com o PMDB, que salvaria Dilma e Cunha da degola, fracassou. Após este fracasso, nesta semana os deputados do PT na Comissão de Ética da Câmara Federal foram obrigados a se posicionarem contra Cunha, depois das prisões de Delcídio Amaral, que era líder do PT no Senado, assim como do banqueiro André Esteves e do amigo de Lula, o pecuarista Bumlai. Ou seja, o aprofundamento da crise política tornou insustentável para o PT manter o acordo para salvar Cunha.
Como era de se esperar com um personagem tão sinistro, Cunha sem o apoio do PT, decidiu acatar o pedido de impeachment contra Dilma.
Cunha e o corrupto Congresso Nacional bancado pelas empreiteiras e pelos banqueiros não tem nenhuma moral para abrir impeachment e menos ainda para decidir quem deve governar o país, ainda mais quando toda a linha sucessória da república está sob investigação e sendo questionada pelas ruas.

TIRANDO O AJUSTE FISCAL DE PT, PMDB e PSDB, NÃO EXISTE NENHUM GOLPE EM CURSO!

É absurdo que o PT diga que impeachment é golpe, bem como que utilizem o argumento de que só porque foi eleita não pode ser tirada do cargo. O argumento "que foi eleita" tira o direito do povo de revogar mandatos nas ruas. O verdadeiro golpe que está em curso é o ajuste fiscal, que vem desmontando os serviços públicos do país, deixando centenas de milhares de desempregados, para encher os bolsos dos banqueiros, empreiteiras e grandes empresários que financiaram as campanhas do PT, PMDB e PSDB.

O PSOL NÃO DEVE SAIR EM DEFESA DE DILMA

O PSOL deve se manifestar contra o impeachment encabeçado por Cunha, mas isto não deve significar nenhum apoio à Dilma, nem adesismo às teses do “golpe”, ao contrario das diversas notas como a de Luis Araujo, ou dos posicionamentos de Maringoni, Milton Temer e Ivan Valente. Dilma não é um mal menor, pois encabeça um governo burguês, conservador e corrupto. Além disso, a direita reacionária está, com suas nuances, tanto no governo do PT-PMDB, como na oposição tucana. Dilma, junto ao PT, PMDB e PSDB, estão juntos na aplicação de um brutal plano de ajuste que visa descarregar nas costas do povo trabalhador e da juventude a crise econômica. PT, PMDB e tucanos, são alvos do lava jato e estão ampla e reconhecidamente atolados na corrupção e na lama que cobriu Mariana em MG.

POR UMA SAÍDA INDEPENDENTE DA CLASSE TRABALHADORA E DA JUVENTUDE

É necessário batalharmos por uma saída independente, da verdadeira esquerda, dos trabalhadores e da juventude.
Hoje 80% da população rejeita tanto Cunha quanto Dilma, ou seja, ambos são repudiados com a mesma intensidade e com toda razão. Dilma não tem legitimidade política para seguir governando, pois comanda a política econômica neoliberal que castiga o povo trabalhador, tão pouco tem legitimidade moral, pois seu governo está afundado na corrupção e ela teve sua campanha bancada por banqueiros e empreiteiros, comprovadamente os principais corruptores deste país. Da mesma forma, nem Michel Temer, nem Renan Calheiros, nem Aécio Neves, representam uma alternativa do ponto de vista dos interesses do povo trabalhador. Neste sentido, chamamos o PSOL, seus militantes, dirigentes e parlamentares, para a tarefa da esquerda coerente que é se mobilizar em apoio às diversas lutas em curso, como a mobilização dos secundaristas de SP, contra as demissões, parcelamentos salariais dos servidores, e o não pagamento do 13° salário. Nesse caminho é necessário construirmos uma greve geral para unificar as diversas lutas em curso e por para fora Dilma, Cunha, Aécio, Michel Temer e todos os demais políticos à serviço da burguesia, que se empenham no dia-a-dia em atacar os direitos dos trabalhadores.
Só a luta é o caminho para conquistar um governo da verdadeira esquerda e dos trabalhadores e do povo pobre. Que comece a resolver a crise atual através de um programa de classe, iniciando pela suspensão da dívida pública paga aos banqueiros para investir em salário, saúde, educação e moradia.

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