FORA TODOS! PRISÃO E CONFISCO DOS BENS DOS CORRUPTOS!
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PT, PMDB e PSDB não nos representam! Lutar para cassar o mandato e tornar inelegíveis os políticos envolvidos! Mobilizar pela expropriação das empresas mafiosas!
1- A crise do governo Dilma e das instituições do sistema político se aprofunda. Os últimos desdobramentos da operação Lava-Jato levaram as prisões de Delcídio Amaral (PT), líder do governo Dilma no senado, e do banqueiro André Esteves do BTG Pactual. Ambos buscavam impedir o avanço das investigações e a delação de Nestor Cerveró. Delação que finalmente ocorreu, evidenciando que Dilma sabia das irregularidades na Petrobras e reafirmando o favorecimento ilegal Renan Calheiros (presidente do senado), Jader barbalho, Collor e do próprio Delcídio nos esquemas da Petrobras. No caso de Collor, ligando o senador ao BTG. Soma-se a isso a prisão do pecuarista Jose Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Lula e da cúpula do PT, figura que intermediou empréstimos para financiamento de campanha do Partido.
2- As gravações que vieram a tona, de uma reunião presidida por Delcídio Amaral, expõe as entranhas da corrupção da falsa democracia em que vivemos, ao mostrar o tráfico de influência no executivo, legislativo, judiciário e no mundo empresarial, bem como o modo de operar do PT e do líder do governo no senado nessas esferas.
3- O banco BTG de Andre Esteves é uma peça importante. Além dos negócios com a Petrobrás, o Banqueiro é o sócio da empresa de sondas Sete Brasil, investigada por conta da conexão com as empreiteiras (não por acaso o líder da Odebrecht ordenou, por meio de um bilhete, “destruir o email sondas” e citou diretamente “André Esteves”). Sem falar que o BTG comprou uma fazenda de Bumlai no MT. André Esteves está envolvido nas transações da OI e da Portugal Telecom, empresa que compõe esquemas da época do Mensalão. Denúncia reafirmada por Marcos Valério em 2013 e cuja apuração por parte da Procuradoria do Distrito Federal foi insuficiente. E como se isso fosse pouco o BTG está no centro do acordo de Romário (PSB) concedendo apoio a Pedro Paulo, candidato de Eduardo Paes (PMDB), já que o irmão do prefeito carioca, Guilherme Paes, é sócio do banco e pode ter ajudado o ex-jogador a se safar das denuncias sobre uma conta na Suíça.
4- Chega a ser absurdo que Dilma, após exercer o cargo de Ministra de Minas e Energia e de Presidente da Republica, continue sem ser investigada. O mesmo podemos falar de Lula, pois seus principais colaboradores estão condenados e presos. E mais absurdo é que as velhas direções burocráticas da CUT, UNE, UBES, MST sigam defendendo esse governo de um suposto golpe. Ou que senadores que fingem ser “progressistas” como o corrupto Lindberg Farias, tenham a cara de pau de votar contra a prisão de Delcidio, junto com Collor de Melo (temendo enfrentar o mesmo destino).
5- Dilma, juntamente com toda a linha sucessória da República, está envolvida num profundo esquema de corrupção, enquanto o povo amarga os malefícios da atual política econômica e anti-social que impõe recessão, desemprego, arrocho salarial, e desastres ambientais como o que vimos em Minas Gerais. Os fatos mostram que Dilma e o PT não possuem nenhuma condição de seguir governando. Que Lula não possui moral para continuar dando as cartas no palácio do planalto. Dilma, Lula e o PT estão envolvidos em todos os escândalos de corrupção dos últimos anos, e foram os principais beneficiados pelo mensalão e o chamado petrolão. Tudo fruto dos pactos de governabilidade e de um programa anti-popular, conservador e neoliberal. As privatizações dessa semana, juntamente com a autorização de Belo Monte e as novas votações do ajuste fiscal, são apenas exemplos recentes que comprovam o que falamos. Isso para não falar no acordão que sustenta Eduardo Cunha.
6- O PSDB finge ser oposição, mas também está envolvido. O banco BTG doou para o comitê presidencial do PSDB 7,5 milhões e para a reeleição da Dilma 9,5 milhões. O escândalo do mensalão nasceu em Minas como parte do financiamento de campanha do PSDB, envolvendo Aécio Neves. Delcídio foi diretor da Petrobras no governo FHC e diretores que fazem as delações são quase todos dessa época. A multinacional Alston, citada por Delcídio nas gravações, é a mesma do cartel do Metro de São Paulo de Alckmin. Delcídio cita ainda um empresário parente de José Serra também envolvido nas falcatruas de Pasadena, o Gregório Preciado da Iberbras. O BTG Pactual tem como presidente interino Pérsio Arida, ex-presidente do Banco Central na era FHC. Por fim, não são uma alternativa pelo seu histórico de privatizações e corrupção na era FHC e sua pratica de ataques contra os professores e os estudantes, como vimos no PR e SP.
7- Nós da CST (Corrente Socialista dos Trabalhadores – PSOL) defendemos um caminho alternativo para solucionar a presente crise. Entendemos que é necessária uma forte mobilização dos trabalhadores, da juventude e do povo para por fim a esses esquemas de corrupção, derrotando o governo Dilma e o PT, e pondo fim a essa forma de governar compartilhada pelo PMDB e PSDB. Uma mobilização que exija prisão e confisco dos bens de todos os corruptos, que casse o mandato e torne inelegíveis os políticos envolvidos, que investigue pra valer Dilma e Lula, pondo fim a impunidade, e que não deixe livres os tucanos corruptos. Uma mobilização que o PSOL e a CSP-CONLUTAS deveriam convocar de forma unificada juntamente com os demais partidos de esquerda e dos movimentos sociais combativos.
8- Para além de urgência da luta imediata e conectada a essa necessidade é necessário construir uma alternativa operária e popular. Construir um terceiro campo, contra PT/PMDB e PSDB, reagrupando um pólo efetivo de oposição de esquerda intransigente e radical. Esse deve ser a tarefa do PSOL, PSTU, PCB, PCR, a CONLUTAS, INTERSINDICAL, a esquerda da UNE e a ANEL, bem como outras organizações políticas e sociais anti-governistas para lutar contra a corrupção e a austeridade. Essa também deve ser a tarefa de movimentos como MTST, pois só é possível conseguir vitórias, como moradia, com uma luta unificada para derrotar a política do governo corrupto de Dilma. Para isso devemos apostar nas lutas da juventude como a que ocorre nas escolas ocupadas em São Paulo, das mulheres que tomam as ruas pelo Fora Cunha e em defesa das pautas feministas, dos trabalhadores com suas greves. Um terceiro campo que esteja na luta contra a corrupção e as medidas anti-populares do governo Dilma, do congresso e dos governadores.
9- Defendemos que os trabalhadores e o povo se organizem para colocar Dilma, Temer, Cunha, Renan e Aécio para fora do poder, por meio de passeatas, greves e ocupações, repetindo a força das mobilizações de rua de 2013 e das greves de 2014. Lutamos para construir um governo da Esquerda, dos trabalhadores e do povo, sem banqueiros e empreiteiras.
CST – PSOL
Corrente Socialista dos Trabalhadores – PSOL
27/11/2015