Seguir a luta contra os burocratas da US! Por um Congresso que respeite a base! Sem fraudes e sem golpes!
| LSR / CST / LRP
O Congresso Estadual do RJ ocorreu em meio ao acirramento da luta interna no partido. Nos dias que antecederam as últimas etapas estaduais, a Unidade Socialista a US (corrente dos deputados Ivan Valente, Edmilson Rodrigues e Edilson Silva) desferiu mais um golpe contra a base partidária, validando fraudes nas atas e descredenciando dezenas de delegadxs eleitos legitimamente pela base. Uma atitude burocrática da US para tentar ganhar o Congresso Nacional no tapetão e na fraude. Existe um relatório escrito pelos representantes do BE na Comissão Nacional que retrata muito bem as barbaridades da US. No RJ foram 12 plenárias derrubadas, um total de 24 delegadxs descredenciadxs, sendo que todas as plenárias foram fiscalizadas e não houve questionamento sobre nenhum delegadx.
Esses métodos burocráticos da US estão a serviço de tentar impor sua política de capitulação ao PT e ao governo Dilma. Querem fazer com o PSOL nacional o que fizeram em Macapá: alianças esdrúxulas com partidos da velha direita, como DEM, PTB, PSDB e da nova direita, como PT, PMDB. Agora também com a Rede de Marina Silva, que votou nos tucanos no segundo turno de 2014. A prefeitura dirigida pela US reprimiu a greve dos trabalhadores da educação e foi utilizada durante todo o período das plenárias municipais para mobilizar filiados para votar nos delegados da US. E mesmo após a ruptura do prefeito com o PSOL, a US segue nos cargos. São, portanto, um aparelho que vai fazer de tudo pra se perpetuar no poder. Um grupo que não atua respeitando o programa, a política e a militância do PSOL, que se move pelo fundo partidário.
As resoluções do Congresso do Rio são um contraponto a US!
Em função desse quadro, a disputa dos rumos do partido se torna essencial. E felizmente o que marcou o Congresso do RJ, em seu conjunto, foi o enfrentamento contra os métodos antidemocráticos da US, que desde o início, tentou tumultuar o Congresso fazendo credenciamento paralelo. Além disso, a US tentou votar resoluções políticas rebaixadas. A unidade nas críticas contra os métodos burocráticos da US, do Bloco de Esquerda e Psol Necessário, ajudou que se aprovasse no Congresso resoluções que demarcam o perfil do partido. Algumas das principais resoluções aprovadas foram: repúdio as fraudes do Congresso; exigência da devolução do fundo partidário ao diretório estadual RJ, intitulada “Devolve Luiz Araújo”; a resolução contra a intervenção da US no setorial em relação ao Encontro Nacional de Mulheres.
Votamos também uma resolução sobre conjuntura nacional, armando o partido e a militância para enfrentar os ajustes de Dilma, do Pezão e demais prefeitos, a luta pelo Fora Cunha, todo apoio a greve dos petroleiros e a luta do HUAP contra a privatização e a Ebserh. Em outros temas, apesar de não termos unidade entre todas as forças do BE e do PN, o congresso deliberou contra o financiamento empresarial de campanha e contra o recebimento de doações por parte de empresários, pois sabemos que as grandes empresas estão entre as principais financiadoras das campanhas eleitorais dos partidos da ordem, vide a operação Lava Jato; a quarentena para novos filiados, que só poderão se lançar candidatos(as) na segunda eleição subsequente à filiação, pois frente a crise dos velhos partidos, muitos oportunistas tentam entrar no partido; que nas alianças eleitorais de 2016, não realizaremos alianças conservadoras, com nenhum bloco capitaneado pelo PMDB, PSDB, DEM, PT e Rede Sustentabilidade, só aceitaremos coligação partidária em 2016 com os partidos que compõe o campo de oposição de esquerda (PCB e PSTU). Resoluções, que juntamente com as outras aprovadas, simbolizaram um triunfo da base partidária e consolidam um partido vinculado às lutas e democrático. São uma base política e programática que podemos utilizar em nível nacional.
No RJ o mais correto teria sido validar uma única lista de delegados!
Entretanto em nossa avaliação o fato do Congresso do RJ não ter aprovado validar todos os 231 delegados, conforme resolução da Executiva Estadual foi um erro (votada na Executiva conjuntamente por todas as forças do Bloco de Esquerda e todos os coletivos do PSOL Necessário). A lista única era a maneira de fato de não aceitar o golpe da US. Infelizmente não houve consenso com essa posição, por parte do MÊS que se colocou contra essa proposta e da Insurgência que não aceitou encaminhá-la no Rio sem um acordo de todos os estados. Isso levou a o Rio de Janeiro, o estado onde o PSOL é mais forte, não ir até as últimas consequências, deixando de utilizar todas as armas, na luta contra o golpe da US. O RS, o estado de nossa candidata a presidente Luciana Genro, também teria peso para atuar com uma lista única, desconhecendo a queda de plenárias. E o mesmo deveria ser feito no CE, ES. Por isso, no congresso do Rio de Janeiro, um conjunto de correntes do bloco de esquerda (LRP, LSR e CST) decidiram defender a proposta de lista única, após uma plenária unificada. Após perdermos essa votação no inicio do congresso, isso não impediu que continuássemos lado a lado com as demais correntes do Bloco de Esquerda votando deliberações centrais, pois tal diferença não nos dividiram durante decorrer do congresso, mas precisamos continuar juntos e fortalecer mais ainda as nossas relações no interior do Bloco de Esquerda para derrotar a US, que se transformou em uma burocracia totalmente deslocada das demandas da base do partido.
A US continuou barbarizando, a exemplo de sua atuação dividido o congresso do PSOL Ceará. Um congresso que acaba de ser reconhecido pelo TRE-CE. E o mesmo podemos falar do DF, onde a militância de esquerda fez o Congresso, apesar dos golpes da US.
Em nossa opinião o RJ poderia encabeçar a rebelião contra o golpe da US, polo que seria ainda mais forte se contasse com RS e os demais estados. Assim estaríamos mais fortalecidos e não deixaríamos os congressos do Ceará e Brasília isolados, com a ameaça de intervenção da US.
Unidade do Bloco de Esquerda e PSOL Necessário: nova direção democrática para o partido!
Construir no RJ um polo de luta contra os golpes da US!
É muito importante seguir uma batalha firme no PSOL, de forma unificada entre o Bloco de Esquerda e o Psol Necessário, chapa que venceu o congresso do Rio de Janeiro e que deve se articular em nível nacional com Chico ou Milton Temer Presidente. Neste sentido o papel que pode cumprir a direção do RJ é fundamental. Apoiando o PSOL do Ceará e a ala esquerda de Brasília, não aceitando os métodos burocráticos da US. Após os golpes da US do último final de semana entendemos que o Bloco de esquerda e o PSOL necessário devem afinar uma única tática: não aceitar as fraudes nem a derrubada de plenárias realizadas democraticamente pela base. Entendemos que, os atropelos burocráticos da US não vão parar, por isso as novas direções do RJ, RS, MG, ES e demais estados devem utilizar todos os meios disponíveis para essa luta, entrando na justiça inclusive. E, principalmente, batalhar pelo credenciamento de todos os delegados.
Liberdade Socialismo e Revolução – LSR
Corrente Socialista dos Trabalhadores – CST
Liberdade e Revolução Popular – LRP