Sintusp realiza protesto em frente ao HU e exige EPIs e testes às equipes do hospital
CSP-CONLUTAS
O Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP) realizou um protesto com os servidores do HU (Hospital Universitário) nesta quarta-feira (6), além de uma paralisação de quatro horas (das 11h às 15h), com a manutenção de escala mínima nos setores.
Foi organizado um ato em frente ao hospital para denunciar a realidade naquela unidade hospitalar e reivindicar que a Superintendência do HU dispense os que integram grupos de risco da Covid-19, faça contratações emergenciais de pessoal e providencie equipamentos de proteção individual (EPIs) e testes para diagnóstico da doença para todos os trabalhadoras e trabalhadores da unidade.
De acordo com o sindicato, mais de 30 profissionais do Hospital Universitário já foram diagnosticados com a Covid-19, três deles internados em estado grave.
Trabalhadora do HU e diretora do Sintusp, Rosane Meire Vieira disse que ao não liberar os servidores com mais de 60 anos de idade, os que tem comorbidades e as lactantes, e ao não fornecer máscaras e EPIs a todos os funcionários, “a Superintendência do HU e a Reitoria da USP demonstram o seu descaso e colocam em risco a vida dos profissionais”.
Abaixo, Rosane e Reinaldo, dirigentes do Sintusp:
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De acordo com o Sintusp, o superintendente do HU, Paulo Ramos Margarido, não demonstra a mínima intenção de negociar e atender às reivindicações dos trabalhadores, tendo se recusado a receber representantes do sindicato e dos servidores do HU. O sindicato denuncia que a superintendência do hospital nem mesmo responde os e-mails da entidade, reafirmando o desrespeito.
“A reitoria não age diferente, ou seja os trabalhadores e trabalhadoras do HU estão jogados a própria sorte”, denuncia o diretor do Sintusp Reinaldo Souza.
A situação dos profissionais de saúde no país e em todo mundo, neste momento de pandemia, é bastante crítica. Na linha de frente do combate ao vírus, esses profissionais estão mais expostos ao contágio. O papel fundamental desses profissionais neste contexto contrasta, no entanto, com suas condições de trabalho. E no Hospital Universitário da USP (HU-USP) não é diferente.
O dirigente da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, Magno Carvalho, também do Sintusp, denuncia ser um absurdo realizar protestos e paralisações em defesa de EPIs e condições de trabalho. Magno também denuncia a irresponsabilidade do governo Bolsonaro diante da pandemia e chama a o povo a derrubá-lo.
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Outros protestos já foram realizados anteriormente, as denúncias continuam. “Nossas vidas importam”, afirmam trabalhadoras e trabalhadores do HU da USP.