PROTESTE CONTRA A FARSA DO EAD DA SEEDUC-RJ
COMBATE SINDICAL – Trabalhadores da educação RJ
O Ministério Público, no dia 03/04 (sexta-feira), emitiu documento que recomenda a suspensão de atividades não presenciais. Além disso, estabelece o prazo de 72 horas para que Pedro Fernandes responda a uma série de questionamentos, como os termos contratuais e custos da plataforma Google, a garantia do direito à alimentação dos estudantes e as medidas efetivas adotadas para garantir a saúde dos estudantes e profissionais da educação.
A posição do MP ajuda a desmascarar a farsa da EaD em meio a pandemia da Covid-19 e fortalece a luta contra a imposição do EaD na rede estadual do RJ, pela suspensão do calendário escolar, pelo direito à quarentena com garantia do pagamento dos salários, auxílios e GLPs e para que a vida dos profissionais e estudantes esteja em primeiro lugar. Há espaço para disputar contra o governo e vencer essa batalha. Por isso, é hora de ir “pra cima” e protestar contra essa farsa!
PARA FERNANDES, WITZEL E BOLSONARO, O LUCRO ESTÁ ACIMA DA VIDA
A imposição da EaD nesse contexto que estamos vivendo não é uma exclusividade da nossa rede: AM, BA, CE, ES, GO, MS, PA, PE, RS e SP, estados governados por partidos do PSDB ao PT, estão implementando essa política junto à antecipação das férias. O governo Bolsonaro, por meio do Ministério da Educação comandado pelo sinistro Abraham Weintraub, autoriza e incentiva à adoção do EaD no ensino superior e na educação básica. Os grandes empresários da educação, com a conivência dos governos, veem nessa crise uma oportunidade para os seus negócios, assim como o conjunto dos empresários aproveitam para diminuir direitos.
Por isso, Bolsonaro publicou a Medida Provisória 936, que permite a suspensão de contratos de trabalho e redução de salário em até 70% no setor privado. A MP anterior, 927, já previa a retirada de uma série de direitos trabalhistas durante a quarentena. As consequências dessa política também já impactam os profissionais de educação, começando pela rede privada e atingindo também a rede pública: demissão de 900 e 400 trabalhadores da educação em São Pedro D’Aldeia e Búzios, respectivamente; suspensão do pagamento das horas-extras em Itaguaí; e ameaça de Wilson Witzel de não pagamento dos vencimentos do funcionalismo estadual a partir de maio. Nesse sentido, precisamos compreender a farsa do EaD e as chantagens de Fernandes nesse marco global de ataques aos direitos dos trabalhadores.
ENTRAR EM AÇÃO #ContraaFarsaDoEaDdaSeeduc: PROTESTE NAS REDES
Sabemos que há muitos professores indignados com essa situação. Muitos de nós não temos acesso à estrutura adequada em nossas casas ou habilidade para o uso dessas tecnologias. Muitas de nós, em decorrência de uma cultura machista, estamos sobrecarregadas com o trabalho doméstico e o cuidado das crianças e idosos. Muitos de nós estamos impactados psicologicamente com a quarentena e o isolamento social. E, nos casos mais dramáticos, há entre nós os que estão acompanhando o adoecimento de pessoas queridas, os que estão adoecendo e, até mesmo, os que já se foram em decorrência do coronavírus.
Por isso, a hora de protestar é agora. Não podemos esperar outros ataques, temos que entrar em ação já. Em casa, faça um pequeno cartaz expressando sua indignação contra essa farsa, poste na sua rede social com a #ContraaFarsaDoEaDdaSeeduc ou envie para a página da Educação em Combate.
Propomos ao SEPE que organize com a categoria uma ampla campanha pelas redes sociais contra a farsa do EaD da SEEDUC e que a CNTE lidere esta campanha nas redes em todo o país, orientando os sindicatos da educação de cada estado a fazerem o mesmo.
Assista ao vídeo de Bárbara Sinedino explicando a campanha #ContraaFarsaDoEaDdaSeeduc no link a seguir: https://www.facebook.com/educacaoemcombaterj/videos/528662508026281/