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Por Diego Silva, CST-PSOL/SP

Após 5 dias de greve e acampamento em frente à empresa os trabalhadores da Mercedes de São Bernardo do Campo – SP saem vitoriosos e obrigam a patronal a recuar. Estão suspensas as 500 demissões anunciadas na semana passada. No dia 27 de abril, os operários decidiram encerrar a greve após o recuo da empresa.

Sem dúvidas estamos frente a uma vitória importante, parte de um processo de lutas do operariado industrial paulista aberto com a vitoriosa greve da Volks em janeiro deste ano. Porém, a empresa segue atentando contra o emprego dos trabalhadores. Na negociação com o sindicato, além da suspensão das 500 demissões, os representantes da empresa também anunciaram que até maio elaborarão um novo PDV (Plano de Demissão Voluntária), visando a redução do quadro de funcionários da empresa.

O governo Dilma também tem responsabilidade neste processo de demissões em massa que ocorre no Brasil. Foi governo petista que deu, através de isenções fiscais, milhões às montadoras de veículos, incluindo a Mercedes, e hoje não faz nada para proteger o emprego dos trabalhadores das mesmas empresas que foram beneficiadas por sua política.

Operários da Mercedes são exemplo de que é possível derrotar o ajuste fiscal

Um duro ajuste fiscal está em curso no Brasil. Pelas mãos do governo Dilma/Levy bilhões tem sido cortados das áreas sociais. A patronal por sua vez demite milhares de trabalhadores para manter suas enormes taxas de lucro. Governo e patrões estão juntos na política de descarregar a crise econômica nas costas da classe trabalhadora.

Porém, o que não esperavam, é que a ideia “demitiu, parou” ganhasse tanta força na classe trabalhadora. Várias fábricas entram em greve após as demissões e conseguem reverter o ataque patronal.

O exemplo de luta dos operários do ABC fortalece o chamado à organização de uma greve geral no país. Centrais sindicais como a CUT e a CTB devem romper imediatamente com a política e convocar um dia de greve geral no Brasil, pois só assim podemos enfrentar e derrotar o ajuste fiscal imposto pelo governo petista e pelos patrões.