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Aproveitando o período de festas e final de ano, o prefeito petista e o governador tucano se unem ao empresariado do transporte e anunciam que logo no início de 2015, a partir do dia 6 de janeiro, as passagens do transporte serão reajustadas para R$3,50, um verdadeiro assalto ao bolso do trabalhador. Com medo do espectro das Jornadas de Junho de 2013, tucanos e petistas escolhem uma data onde estudantes e muitos trabalhadores estão em férias, com o objetivo central de dificultar grandes mobilizações como as que em meados do ano passado os derrotaram. Uma manobra de baixo nível, mas que não será suficiente para conter a indignação contra o aumento.

Passe-livre pago com dinheiro do trabalhador?

Como uma resposta à pressão das mobilizações que há anos exigem Passe-livre e que em 2013 assumiram um caráter massivo, Haddad anuncia que, com o aumento da tarifa, os estudantes de baixa renda teriam passe-livre para ir e voltar das aulas. Porém, a proposta do movimento nunca foi que essa medida fosse implementada a partir de aumentos da passagem e sim que se atacasse o lucro do empresariado. A imensa maioria dos usuários do transporte coletivo são trabalhadores. Pela proposta de Haddad, são as famílias dos trabalhadores e não os empresários que devem custear o passe-livre para estudantes de baixa renda. Sem coragem para enfrentar os empresários, a saída do prefeito petista para o povo trabalhador é na prática dar com uma mão e tirar com a outra.

PT e PSDB estão juntos para aplicar o ajuste contra o povo trabalhador

Esse ataque contra o bolso do trabalhador faz parte de uma política mais geral de ajuste fiscal contra o povo, que tem como comandante a presidente Dilma. Foi a presidente do PT, que logo após ser reeleita, aumentou a tarifa de energia elétrica e da gasolina. Além disso, a partir do aumento da taxa de juros, Dilma amplia o lucro dos banqueiros em detrimento do investimento nas áreas sociais. Já se anuncia um corte no orçamento de 2015 de cerca de R$100bi, que sabemos que sempre afetam majoritariamente as áreas sociais.

A articulação de Haddad e Alckmin, para aumentar o preço da tarifa em São Paulo, é a demonstração que petistas e tucanos são parceiros nos ataques aos trabalhadores e a juventude. Além desse ataque em conjunto, Alckmin, em plena véspera de Natal, demitiu novamente 23 metroviários como retaliação à última greve. Haddad por sua vez, retirou a obrigação das empresas de transporte de colocarem cobradores em todos os ônibus, abrindo as portas para possíveis demissões em massa.

Todos ao ato dia 09/01! Somente nas ruas é possível barrar o aumento!

O Movimento Passe-Livre já está convocando um ato para o dia 09/01. Nos somamos a esta importante iniciativa é colocamos que é preciso construir uma jornada de mobilizações contra os aumentos da tarifa em todo país. O sentimento e a revolta que vimos em junho passado segue vivo. As importantes greves que vimos em 2014 o demonstram. Vamos levantar também a bandeira da readmissão de todos os metroviários demitidos na greve e também exigir que todos os cobradores sejam mantidos na sua função nos ônibus de São Paulo.

É preciso uma nova grande jornada de luta para impedir qualquer aumento da passagem e garantir o emprego para os metroviários demitidos e os cobradores. Que dia 09 seja apenas o começo.

Corrente Socialista dos Trabalhadores/PSOL – Unidos pra Lutar – Coletivo Vamos à Luta