AMAZÔNIA SIM, Ele Não! Seguir nas ruas contra a catástrofe climática!
Entre os dias 23 e 25/08 ocorreu uma jornada internacional de manifestações em defesa da Amazônia, com atos em todos os estados do Brasil e mais de 20 cidades pelo mundo. O movimento amplificou o panelaço durante o pronunciamento do presidente e ajudou na queda de popularidade de Bolsonaro.
Seguir nas ruas é fundamental. O Desmatamento cresce e as queimadas batem recordes. Agosto foi o pior mês de toda série histórica, o crescimento de 100% dos focos de queimadas em relação a 2018. Cientistas alertam que 20% de desmatamento da floresta significa um patamar impossível de recuperar o bioma. E o governo nos envenena todos os dias com centenas de agrotóxicos.
Bolsonaro, Sales e o agronegócio são responsáveis!
O projeto predatório piorou com Bolsonaro e Sales. A devastação da floresta serve para avanço da soja, do gado e da mineração. O projeto do governo Bolsonaro é a “flexibilização” das regras de preservação e proteção do meio ambiente. Um exemplo é o PL 3.729/2004 de relatoria de Kin Kataguiri (DEM-SP) que visa reduzir licenças ambientais. Outros é desestruturação dos órgãos ambientais. No ICMbio o corte de recursos em 2019 foi de R$ 5 milhões da fiscalização ambiental e prevenção aos incêndios. No município de Altamira-PA existem apenas 3 servidores do IBAMA para cuidar do maior município do Brasil que sofre com os impactos de Belo Monte. No INCRA no Pará os servidores foram proibidos de organizar assembleias no auditório da instituição.
Nenhuma ingerência imperialista na Amazônia
A Amazônia é brasileira e sempre despertou a cobiça dos imperialismos norte-americano e europeu. Bolsonaro finge que é nacionalista mas pretende entregar o monitoramento da floresta a uma empresa dos EUA que controla o sistema “planet”, mostrando sua subserviência a Donald Trump. Já o presidente da França fala em “internacionalização da Amazônia”. Macron e outros governos querem ampliar seu controle do território brasileiro pesquisando nossa biodiversidade, desviar o foco de seus próprios problemas ambientais e divulgar suas receitas ecocapitalistas, como o mercado de carbono e outras propostas mercadológicas.
Verbas para Amazônia e não para os banqueiros e o agronegócio
O governo Bolsonaro isentou de cobrança previdenciária as exportações agrícolas no mesmo momento em que alegava um suposto “rombo” nas contas da previdência. Cortou R$ 187 milhões do Ministério do Meio Ambiente, porém ao mesmo tempo destina R$ 1 trilhão para a dívida pública. No ano de 2018 apenas 0,13% do orçamento foi para gestão ambiental, enquanto 40% foi para os banqueiros.
O governo Brasileiro deveria destinar verbas para o combate aos incêndios, para a preservação da Amazônia e de todos os biomas, para garantir a preservação de espécies da Fauna e Flora. Defendemos a suspensão do pagamento da dívida pública para investir esse dinheiro na defesa do meio ambiente e nas áreas sociais. Novos concursos para o IBAMA, ICMbio, INCRA, SESAI e demais órgão para fortalecer a fiscalização e combate ao desmatamento e queimadas; Reforma Agrária para dar terra aos pequenos produtores, demarcar as terras indígenas e quilombolas. Pela estatização da Vale do Rio Doce. Para destinar mais recursos para as políticas ambientais, o governo deveria utilizar recursos de multas de empresas poluidoras, estatizar empresas criminosas como a Vale e a Hydro.
Seguir nas ruas e ampliar o movimento!
Para conquistar vitórias é preciso seguir nas ruas em defesa do meio ambiente nos atos do dia 05 de setembro e preparando a GREVE GLOBAL DO CLIMA no dia 20 de setembro.
Essas manifestações ocorreram no momento em que o governo da extrema direita e o congresso nacional buscam acelerar a retirada de direitos e as privatizações. E quando o presidente Bolsonaro divulga seus planos de restringir direitos democráticos. Por isso a CUT, Força Sindical e demais Centrais devem abandonar os pactos com Rodrigo Maia e convocar assembleias dos sindicatos para se somar aos protestos ambientais, o que vem sendo defendido pela CSP-CONLUTAS. O mesmo deveria ser feito pela UNE e demais movimentos sociais unificando as lutas da juventude, da educação e dos trabalhadores.
Continuar nas ruas, incorporar mais jovens e ampliar o número de trabalhadores é decisivo para defender nossas florestas e nossos direitos.
Ato em frente a embaixada do Brasil na Argentina realizado pela FIT (Frente de Esquerda e dos Trabalhadores, nas siglas em espanhol) em defesa da Amazônia. Assista as falas das deputadas e dirigentes juvenis da Esquerda Socialista, uma das organizações fundadoras da FIT: