Bolsonaro quer privatizar os Correios! Vamos lutar contra!

O governo Bolsonaro deu sinal verde para a privatização dos Correios. Essa medida significa um brutal ataque contra a população, que vai ter um serviço importante na mão da iniciativa privada com tarifas altas e a universalização dos serviços postais ameaçados, e também aos empregados, que poderão perder os seus empregos.

A privatização é uma política que só beneficia os empresários que comprarão as estatais a preço de banana tudo financiado pelo BNDES. E o resultado dessa política nós já conhecemos. As tarifas sobem, os serviços não melhoram e muitos trabalhadores perdem o emprego ou amargam uma grande redução salarial e de direitos No caso da privatização da Vale do Rio doce somam-se ainda crimes ambientais e uma centena de mortes.

O governo Bolsonaro quer entregar as estatais para os amigos de Paulo Guedes, pois os maiores beneficiados com as privatizações serão os Bancos e grandes fundos de investimentos setores onde Guedes fez fortuna. A privatização é o caminho mais rápido para fazer esses segmentos lucrarem como nunca, tudo com a ajuda do governo.

Esse governo recheado de corruptos, que mantém mamata e o toma lá dá cá comum da velha política, quer atacar o conjunto dos trabalhadores e aplicar o maior ajuste contra a população. Por isso tenta avançar na política de privatização das estatais e nas contrarreformas que retiram direitos.

Bolsonaro mente para justificar a privatização dos Correios

O governo vem lançando mão de uma série de mentiras para convencer a população a apoiar a privatização da empresa. É preciso desmontar essa farsa. Entre as mentiras estão que os Correios recebem dinheiro do tesouro, que a quebra do monopólio vai reduzir as tarifas e que o governo está pagando o rombo do Postalis.

É importante esclarecer que os Correios não recebem nada do governo e ainda no período entre 2007 e 2013 a estatal repassou R$ 3,8 bilhões para o Tesouro Nacional, quando a empresa deveria ter repassado apenas 1,6 bilhões, sendo que o excedente nunca retornou para a empresa. O detalhe é que esses repasses tem como único objetivo fazer caixa para o pagamento dos juros da dívida.

Que no ramo das encomendas não existe monopólio e a existência de concorrência nesse segmento não reduziu o preço das concorrentes privadas que cobram valores bem maiores que os Correios e ainda utilizam a logística da estatal para garantir a entrega dos produtos.

E que no caso do rombo no fundo de pensão- PSOTALIS- quem está pagando o rombo na verdade são os empregados da empresa através de contribuições extras e não o governo.

Ainda é importante destacar que o sucateamento da empresa, o fechamento das agências e a falta de concurso público desde 2011 tem prejudicado uma melhor prestação do serviço.

A mentira e o autoritarismo são a marca do governo Bolsonaro. Por isso ele dissemina uma série de fake news para justificar a privatização dos Correios.

 Organizar a luta contra a privatização

O projeto do governo Bolsonaro de privatizar os Correios dever ser imediatamente combatido. E essa é uma luta que as duas federações (FENTECT e FINDECT) e os 36 sindicatos devem abraçar, através da construção da luta unificada com Petroleiros, Bancários, eletricitários, da realização de reuniões na base, plenárias de delegados e assembleias para preparar a greve nacional da categoria porque a sua suspensão ajudou na ofensiva do governo contra os trabalhadores.

Já temos uma tarefa imediata que é a participação no dia 13/08 na greve nacional da educação. Podemos barrar a privatização, mas para isso as federações e as centrais devem sair da paralisia e começar desde já a mobilização.

9 de agosto de 2019

Combate Sindical Correios

 

 

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