Bolsonaro mente! Não haverá empregos para os trabalhadores e nem futuro para as universidades!
O país está em colapso com desemprego em alta e uma economia que só beneficia os banqueiros e grandes empresários parceiros do Presidente. Bolsonaro avança de forma galopante em um plano de ajuste brutal que vai causar mais desemprego, miséria e privatizações.
O presidente Bolsonaro, o deputado Rodrigo Maia, a Rede Globo e os empresários estão mentindo. O discurso de que o ajuste fiscal e em especial a reforma da Previdência solucionará a crise econômica é fake news. A reforma da Previdência, que agora vai tramitar no senado federal, ataca os trabalhadores de baixa renda enquanto isenta os devedores da Previdência. Essa reforma é ainda pior do que a reforma trabalhista de Temer, pois retira mais direitos e prejudica o trabalhador. Não gera empregos e aprofunda as mazelas sociais. Outra mentira é que houve “combate aos privilégios”. Os empresários sonegadores, que devem 500 bilhões ao INSS, continuam dando calote. Os altos salários e mordomias dos generais, deputados e senadores ainda se mantém.
O verdadeiro problema não são os direitos sociais. Esse é apenas um discurso para justificar a entrega R$ 1 trilhão nas mãos dos banqueiros. Como diz a CSP-CONLUTAS, “O verdadeiro rombo do país… é a chamada Dívida Pública. Como uma dívida com um agiota, ela é impagável. Desde 1995, o Brasil gerou R$ 1 trilhão em superávit primário. Apesar disso, a dívida interna subiu 46 vezes, de R$ 86 bilhões para quase R$ 4 trilhões no período”( cspconlutas.org.br).
Para aprovar a reforma da Previdência, Bolsonaro governa igual a Temer com as práticas espúrias da velha política, que na campanha prometeu combater, comprando o voto dos deputados por meio da liberação de emendas em valores bilionários.
Aos amigos a impunidade é garantida, como ao ex-assessor Queiroz e ao Ministro do Turismo responsável pelo laranjas do PSL. Já para os parentes a mamata inclui até cargo na Embaixada dos Estados Unidos.
Infelizmente as oposições não estão à altura para combater esse governo (ver páginas centrais). As direções sindicais da CUT, CTB e Força, além de não convocaram um dia de protestos durante a votação do primeiro e segundo turno da Reforma, ainda jogaram a culpa na base com o argumento de que ela não quer lutar. Os maiores partidos e movimentos, como a direção majoritária do PT, apostaram em pactos e num acordão com Rodrigo Maia (DEM) e o relator da reforma Samuel Moreira (PSDB). Os governadores do PT, PCdoB, PSB, PDT chegaram a defender as propostas de Guedes e a inclusão dos servidores estaduais e municipais na reforma.
Agora Bolsonaro quer acabar com mais direitos trabalhistas, destruir os povos indígenas, atacar jornalistas como Gleen Greewald e privatizar a educação através do “future-se” um projeto que tem como objetivo exterminar o futuro da juventude e dos educadores (veja a página 5).
É preciso seguir nas ruas contra o ajuste e o autoritarismo de Bolsonaro. Exigimos que as direções majoritárias da CUT e demais centrais, bem como os maiores partidos da oposição, mudem de política, rompam os pactos e negociações, realizem assembleias de base e apontem para um calendário de mobilização unificado nesse segundo semestre. É preciso construir uma nova Plenária nacional da classe trabalhadora, desde as bases, para construir um calendário efetivo de luta. É nas ruas que podemos barrar esses ataques e lutar por aposentadoria pública, salário digno, geração de emprego, defender a educação e as liberdades democráticas e exigir que os recursos hoje destinados aos banqueiros sejam investidos nas áreas sociais.
09/08/2019
Editorial do Jornal Combate Socialista N° 101 – CST/PSOL