MG: A greve continua, Lacerda a culpa é sua!
Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte mantêm a greve. |
Por Edivaldo de Paula e Patrícia Nunes – CST e PSOL Minas Gerais
Após as jornadas de junho vemos um processo aglutinador de lutas espalhadas de norte a sul do país, num movimento intenso, que não parou depois da Copa das Confederações, o Brasil é sacudido todos os dias por greves e manifestações.
Com o movimento de massas na ofensiva, os Governos e suas instituições, com suas direções burocráticas, já não conseguem governar como antes, os trabalhadores querem melhores condições de trabalho, e não hesitam em ir a luta pelos seus direitos, passando por cima dos sindicatos governistas, como por exemplo os rodoviários de Porto Alegre que parou a capital gaúcha protagonizando uma das maiores greves da categoria dos últimos anos e a vitoriosa greve dos garis do Rio de Janeiro, em pleno carnaval carioca.
Desde o dia 6 de maio os trabalhadores do serviço público de Belo Horizonte estão em greve, para se ter uma ideia do que se trata esse movimento grevista, temos trabalhadores administrativos, professores de escola infantil à educação básica, trabalhadores da saúde, a principal reivindicação da categoria é o reajuste salarial de 15% , na contramão o prefeito Marcio Lacerda oferece uma proposta rebaixada de 5,56% de reajuste, além do não pagamento do Piso Salarial. Cabe lembrar que Belo Horizonte teve o valor de sua passagem reajustado na última semana, mostrando pra quem governa o prefeito Marcio Lacerda.
Depois de inúmeras tentativas de negociação com a prefeitura, na tarde do dia 14 de maio os trabalhadores reuniram-se em uma assembleia unificada, com cerca de 4 mil trabalhadores, onde houve várias falas radicalizadas que em muitos momentos questionaram o investimento dos governos na Copa e suas condições de trabalho, isso tudo aprofundado pela declaração de um secretario do governo que disse que os trabalhadores deveriam usar a criatividade nas unidades de atendimento básico de saúde, em outros momentos os trabalhadores gritavam “vamos pra rua” para que fosse feito um ato ao final da assembleia, no fim da assembleia os trabalhadores deliberam por unanimidade a rejeição da proposta da prefeitura e pela continuidade da greve. Ainda foi votado um calendário intenso de mobilizações para os próximos dias e uma nova assembleia no dia 20/05.
Após a assembleia como reivindicado pelos trabalhadores, houve um ato com cerca de 4 mil trabalhadores, que passavam pelo centro de Belo Horizonte, e eram recebidos à chuva de papel picado em manifestações de apoio da população à mobilização dos trabalhadores do serviço público de Belo Horizonte.
Nós da CST e do PSOL apoiamos a greve dos servidores públicos de Belo Horizonte e acreditamos que é necessário unificar as greves e lutas da classe trabalhadora e da juventude.