1° de Maio: Construir a Greve geral contra a reforma da previdência
O governo de Bolsonaro e Mourão já mostrou que está a serviço dos banqueiros e empresários. Em um país com desemprego crescente e uma brutal crise social, as principais medidas apontadas pelo governo, como a reforma da previdência, as privatizações, o reajuste sem aumento real do salário mínimo, os cortes no orçamento da educação e uma nova reforma trabalhista só ampliarão a crise, pois apontam uma saída de ajuste fiscal contra os trabalhadores. Essas medidas aprofundam a situação de caos social e colocam o governo em colisão com a maioria da população, diminuindo a sua popularidade.
As crises políticas no congresso, a corrupção no PSL, a demissão de dois ministros e os mais diversos recuos expressam os problemas do governo e seu pacto com os representantes da velha política.
Uma reforma apoiada por banqueiros
A reforma da previdência é um brutal ataque contra a seguridade social e a aposentadoria. O objetivo da reforma é roubar R$ 1 trilhão do bolso dos trabalhadores e garantir mais lucros para os banqueiros, através do pagamento de uma dívida ilegal, usando para isso a nossa aposentadoria. As mudanças propostas pelo governo como os 40 anos de contribuição, a idade mínima de 65 para homens e 62 para mulheres, a capitalização e a e redução do valor do BPC de R$ 998,00 para R$ 400,00 demonstram que os trabalhadores pagarão a conta da dívida.
Após as mobilizações de março é preciso continuar nas ruas
No dia 8 tivemos milhares tomando às ruas do país para dizer que as mulheres não aceitam a reforma e o machismo cotidianos. O dia 14, um ano após o assassinato de Marielle e Anderson, foi um dia para cobrar justiça e punição aos mandantes desse assassinato político. Seguimos cobrando também respostas sobre a relação da família Bolsonaro com os assassinos, que eram seus vizinhos e mantinham convivência social. Dia 22 mais uma vez fomos às ruas contra a reforma. Em 120 cidades do país ocorreram protestos. Destacamos a forte passeata metalúrgica em São Bernardo.
Vamos parar o país no dia 15 de maio
Vamos construir um forte 1° de maio unificado de todas as centrais para que seja um grande dia de luta em defesa da aposentadoria. Porém, somente essa data é insuficiente.
Infelizmente apesar da disposição de luta dos trabalhadores e da maioria da população ser contrária a reforma, fatos demonstrados nas lutas do início do ano e na boa receptividade da população ao abaixo-assinado contra a reforma da previdência, a cúpula das maiores centrais sindicais (CUT, Força Sindical e CTB) não organizaram nenhum dia nacional de luta antes do 1º de maio.
Sabemos que não é possível negociar a reforma com o governo e o congresso, pois não podemos confiar nesse congresso cheio de bandidos corruptos, no governo que só fala em retirar nossos direitos e muito menos num vice-presidente general que defende a Ditadura de 64. A estratégia de esperar é um erro que vem sendo cometido pela maior parte da oposição ao governo.
O calendário aprovado pela CNTE que incluía atos no dia 24/04 e a greve geral no dia 15/05 deveria ser apoiado pelas centrais. Na verdade, o dia 15/05 deveria ser a data da greve geral no país para engavetar a de vez a reforma da previdência.
Estamos com a CSP-Conlutas exigindo que as centrais aproveitem a queda de popularidade de Bolsonaro para derrotar a reforma da previdência através de uma greve geral. Os partidos e lideranças da oposição devem convocar manifestações de ruas para derrotar o governo Bolsonaro/Mourão.
30/04/2019
Combate
CST/PSOL