Servidores marcham por Vitória e ocupam PMV | Gazeta Online

O prédio da Prefeitura de Vitória foi parcialmente ocupado na manhã desta quinta-feira (28) por cerca de 500 servidores municipais. Parte dos funcionários, aproximadamente 300, caminhou em passeata pela Avenida Vitória e pelo bairro Bento Ferreira até a sede da prefeitura para marcar o início da greve. No local, mais 200 servidores se uniram à manifestação.

Os funcionários fizeram um apitaço, inclusive na porta do gabinete do prefeito João Coser. Após 20 minutos, os manifestantes deixaram o interior da prefeitura. Durante à tarde, outra passeata aconteceu envolvendo os trabalhadores do turno vespertino.

A paralisação dos servidores vai piorar a oferta de serviços públicos à população da capital. Em muitas repartições públicas, escolas e postos de saúde será difícil conseguir atendimento. Além de médicos, enfermeiros e professores, os servidores da prefeitura entrararam em greve. Apenas 30% dos profissionais de várias áreas estão trabalhando no município.

Com a redução do quadro de profissionais, alguns serviços serão prejudicados. A Central de Ambulâncias, por exemplo, vai trabalhar com menos profissionais, o que pode deixar mais lento o serviço. Os auxiliares de berçário dos Centros de Educação Municipal Infantil (Cmei) vão atender apenas crianças que se encontram em vulnerabilidade social. Os pais das demais crianças foram avisados sobre a medida por meio de uma carta distribuída nas instituições de ensino.

A decisão foi tomada em assembleia na semana passada. As reivindicações incluem melhores condições de trabalho, reposição das perdas salariais de 44%, auxílio alimentação e auxílio-saúde.

A greve é por tempo indeterminado, segundo a presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Vitória, Verônica Grillo. Eles protestam contra o aumento salarial de 4% concedido pela Prefeitura de Vitória. "Os servidores estão atuando com péssimas condições de trabalho e sem ter direito a gratificações. O percentual de aumento dado pela prefeitura não foi negociado com a categoria, foi imposto, e nós não vamos aceitar isso", salientou.

Operação Tartaruga

Os professores da rede municipal de ensino de Vitória decidiram manter a "Operação Tartaruga Invertida" depois de assembleia realizada nesta quinta-feira. A redução da carga horária dos profissionais nas escolas continua até o dia 3 do próximo mês, quando acontece nova assembleia para avaliar o movimento e decidir os rumos da greve. No último dia 15, a Prefeitura de Vitória concedeu reajuste de 4% para os servidores, mas os professores querem 81% para reposição de perdas salariais.

28 de Maio de 2009