Solidariedade ao companheiro Jean Wyllys!
No dia 24 de janeiro o companheiro Jean Wyllys, deputado federal eleito pelo PSOL, anunciou sua decisão de renunciar ao mandato na Câmara Federal. Com certeza deve ter sido uma decisão muito difícil do companheiro, em uma situação extremamente crítica em nosso país, após a assunção do governo de ultra direita de Jair Bolsonaro.
Tudo indica que é uma decisão definitiva de Jean. Ter sido o primeiro deputado assumidamente homossexual num país que mais mata LGBTs no mundo, (somente em 2017 tivemos quase 400 assassinatos registrados), foi um ato de extrema coragem, que ajudou a fortalecer a luta por direitos e dignidade da população LGBTs.
No entanto, achamos que tem que haver um espaço para a reflexão: o povo, os trabalhadores, a juventude, as mulheres e os LGBT vão continuar lutando e resistindo. Por isso, no marco de respeitar sua decisão, achamos que o mais correto deveria ser que o partido discuta como preservar sua seguridade, para seguir junto ao povo e suas lutas, que já começaram e com certeza virão!.
Não podemos aceitar que as ameaças contra o companheiro continuem impunes. Estamos à disposição para debater nas instâncias partidárias todos os esforços no sentido de defender Jean, para que juntos possamos pensar uma saída que ajude a preservar a segurança e a integridade física do companheiro, enquanto continue no país e contribuindo na luta, como ele sempre fez.
O PSOL, organismos de direitos humanos, os movimentos sociais e demais setores que defendem os direitos humanos e as liberdades democráticas, devem organizar uma grande campanha em defesa do Jean e exigir das autoridades brasileiras que tomem providências sérias contra as ameaças que o companheiro vem sofrendo.
Nós da CST estamos a disposição para essa tarefa e somos solidários ao companheiro e a todo mandato. A extrema direita dos Bolsonaro (agora com o filho Flávio Bolsonaro denunciado pela imprensa por suas relações com a milícia) deve ser enfrentada coletivamente, pelos partidos e movimentos sociais da classe trabalhadora e dos setores explorados e oprimidos.
Sabemos que o partido tem quadros para manter a representação parlamentar federal em alto nível e seguir as mesmas batalhas que vem sendo feitas por cada um dos parlamentares e pela bancada em seu conjunto. Como é o caso do companheiro David Miranda, primeiro suplente da bancada federal, que assumirá, se a renúncia de Jean se confirma. Um companheiro que exerce atualmente o cargo de vereador e que é assumidamente LGBTs, e tem pautado diversas lutas em defesa dos setores oprimidos.
Mais do que nunca, nós socialistas devemos apostar na classe trabalhadora, na juventude, nas mulheres, nos LGBTs que possam se levantar contra todos os ataques perpetrados por esse governo ultrarreacionário, machista e misógino de Bolsonaro.
25/01/2019
CST/PSOL