Israel, enclave imperialista
Escrito por Miguel Lamas – UIT- QI –
Traduzido por Lucas Andrade – CST-PSOL
Desde o início do século 20 o imperialista inglês que dominava a Palestina fez um acordo com o sionismo, movimento de extrema direita judeu, para colonizar o território palestino. Depois da Segunda Guerra mundial, centenas de milhares de judeus europeus, sobreviventes do genocídio nazista na Europa, foram usados como bucha de canhão para dominar o Oriente Médio, afastando o nacionalismo árabe e ocupando a Palestina. Em 1948 o ato fundacional do Estado de Israel significou a expulsão de quase um milhão de palestinos com métodos terroristas por Irgún, organização paramilitar sionista. O novo Estado de Israel foi reconhecido por Estados Unidos, Grã Bretanha e outras potências imperialistas, e também pela União Soviética de Stálin.
Israel se converteu assim em um enclave imperialista no Oriente Médio. Isto é, um Estado artificial povoado por judeus europeus recém chegados. Sua própria economia está dedicada a sustentar uma poderosa maquinaria militar, baseada na desapropriação permanente dos árabes e na enorme ajuda econômica e militar norte-americana. Israel se desmoronaria em meses sem o sustento norte-americano.
Israel esteve em guerra quase permanente. Em seus quase 70 anos de histórica atacou militarmente não só os palestinos, mas também a todos os países árabes vizinhos (Líbano, Egito, Síria e Iraque) para submetê-los totalmente aos ditames imperialistas e quebrar a resistência palestina (a maior parte de palestinos expulsos se refugiaram nesses países).
Só pode haver paz com a destruição desse Estado enclave imperialista para construir em todo o antigo território palestino o que reclamava o programa histórico da OLP (Organização para a Libertação da Palestina), até os acordos de Oslo: uma Palestina laica, democrática e não racista, com direito ao retorno de milhões de refugiados palestinos, com devolução de suas terras e casas roubadas por Israel. Isso só poderá acontecer com a heroica resistência palestina, como parte da luta dos povos árabes e de todo o mundo para expulsar o imperialismo e o sionismo do Oriente Médio.