Por uma chapa unitária do Bloco de Esquerda, Insurgência e parlamentares no RJ

Finalizando as plenárias municipais do PSOL do Rio de Janeiro, temos o desafio de fortalecer uma alternativa para os trabalhadores, a juventude, as mulheres, negros e negras que enfrentam a crise social e os ataques de Temer, Pezão e Crivella. Nossa militância esteve engajada na divulgação do Manifesto do Bloco de Esquerda (É tempo de Partido) defendendo a construção do PSOL vinculado às lutas, vocalizando a indignação dos lutadores e lutadoras que protagonizaram a greve geral do dia 28/04 e a Marcha a Brasília. Na batalha pela construção de uma alternativa verdadeiramente de esquerda contra a conciliação de classes do PT e do PCdoB. Estivemos também na defesa de um partido militante e democrático, denunciando as práticas espúrias da Unidade Socialista, que no Amapá faz aliança com a REDE e o DEM, utilizando esses partidos burgueses e o aparato da prefeitura da REDE de Macapá para tentar mudar a correlação de forças do partido.

Neste cenário o PSOL do Rio de Janeiro tem que buscar unificar as correntes de esquerda e do campo democrático, contra a fraude e os métodos alheios a nossa construção perpetrados pela US. Para isso foram fundamentais as reuniões realizadas pelas correntes do Bloco de Esquerda no estado, o que possibilitou o lançamento da “Nota do Rio de Janeiro” contra a fraude e a preparação das fiscalizações de todas as plenárias. Desde o início das plenárias batalhamos pela unidade das correntes de esquerda em chapas unitárias nas etapas municipais, infelizmente nas principais plenárias do estado essa unidade não se deu, enfraquecendo assim a correta batalha contra a fraude e por construir um PSOL longe do lulismo. Importantes correntes vetaram o MES e a CST e bloquearam a unidade de forma sectária. Mas esse erro não pode se repetir no Congresso do PSOL carioca e nem no Estadual. Estamos às vésperas desses dois eventos e até agora não existe uma posição de correntes do Bloco de Esquerda em construir chapas unitárias, uma política que seguimos defendendo a nível nacional, estadual e municipal.

Defendemos a construção de uma chapa unitária do BE no estado, junto às correntes de esquerda: CL, Comuna, LSR, NOS, Subverta, APS – Nova Era, LRP e MÊS. Defendemos também a inclusão dos companheiros/as da Insurgência, que apesar de se auto definir fora do bloco, deveriam compor uma chapa unitária com as forças do BE. Também vemos importante uma unidade com a tese assinada pelos parlamentares do Rio, uma unidade necessária contra a fraude.

Diante do crescimento da US no Rio de Janeiro, tendo praticamente a mesma quantidade de delegados no Congresso Estadual que a Insurgência, devemos nos esforças pela unidade, abandonar qualquer auto proclamação, hegemonismo e vetos contra a CST e o MÊS e buscar a unidade. Nesse sentido esperamos que os companheiros/as da Insurgência revejam sua posição. Apelamos também a que as demais corrente do BE não embarquem nessa linha divisionista. Nossas diferenças políticas não justificam vetar correntes reconhecidamente de esquerda, ainda mais nesse momento que a democracia do partido está em risco. Uma chapa unitária das forças do BE, mais a Insurgência e parlamentares pode ser construída com base numa plataforma mínima, que entre outras coisas proponha:

– Apoio às lutas contra as reformas e os ataques de Temer, Pezão e Crivella

– Lutar contra a fraude da US, especialmente no Amapá;

– Batalhar pela superação do Lulismo, contra as alianças com o PCdoB, PT, PSB, REDE, etc. e demais partidos burgueses;

– Lutar pela construção de uma Frente de Esquerda entre PSOL, PSTU e PCB apoiados nos movimentos sociais;

 

 

– Por um partido democrático com plenárias de base e instâncias que funcionem.

Corrente Socialista dos Trabalhadores – CST/PSOL – Rio de Janeiro

 

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