PARAMOS AS CIDADES E DERRUBAMOS OS AUMENTOS! AGORA É PARAR O PAÍS!

20-J: tomar as ruas massivamente outra vez! |

Basta de dinheiro publico para os empresários do transporte!

Dinheiro para saúde e educação e não para Copa e FIFA!

Desde o dia 17 de junho a luta contra o aumento das passagens se massificou e obteve triunfos. Uma verdadeira multidão tomou as ruas do país para manifestar seu descontentamento com os efeitos da crise econômica, o aumento dos transportes e do custo de vida e a priorização de verbas públicas para obras e eventos que só beneficiam os ricos e as empresas em esquemas corruptos. Além disso, repudiamos a repressão e autoritarismo utilizados contra os manifestantes. Nas ruas, a multidão enfrenta a política do governo Dilma, dos Governadores e Prefeitos, sejam eles do PT, PMDB ou PSDB. Essa jornada de lutas nacional acaba de conquistar uma vitoria gigantesca com a derrubada do aumento das passagens no Rio, São Paulo e dezenas de outras cidades.

Depois dessa vitoria devemos seguir nas ruas. Isso é importante porque os governos já anunciaram que “vão cortar verbas de algum lugar” para subsidiar os empresários do transporte na redução da tarifa. E nós não podemos aceitar cortes nas áreas sócias ou aumentos de impostos ou taxas. Quem deve pagar a conta da redução das tarifas são os empresários de ônibus e as empresas e não o povo.
Em poucos dias arrancamos o que os governantes diziam que era impossível. Nas ruas, com nossa determinação, derrotamos as tarifas e a repressão contra nossas passeatas. Em todas as principais capitais do país, acontecem fortíssimos atos contra o aumento das passagens de ônibus. Em numerosos países mundo afora também ocorreram dezenas de manifestações. Protestos legítimos já que as empresas acabaram de receber isenções fiscais por parte do Governo Dilma e ao longo dos anos foram autorizadas – pelos prefeitos e governadores – a elevar o valor da tarifa acima da inflação.

As manifestações da juventude foram fortalecidas pela adesão popular e dos trabalhadores em meio às passeatas, o que esta sendo fundamental para nosso avanço. O que também foi visto nos gestos de solidariedade dos prédios e janelas. A repressão feroz dos atos só engrossou os indignados, integrando jornalistas, advogados e artistas ao bloco da nossa luta. Repressão que foi orquestrada pelos governadores e prefeitos do PMDB, PT, PSDB e pelo governo Dilma que enviou a tropa de segurança nacional para agir contra o movimento em várias capitais (mesmo procedimento usado contra grevistas e contra os indígenas). Destacamos que no dia 17 os governos se viram obrigados a recuar de uma repressão forte e direta, o que significou um primeiro triunfo da forte luta da juventude e do povo.

A juventude e o povo saíram às ruas aos milhares para manifestar sua insatisfação em meio a Copa das Confederações porque está claro que esses eventos custam bilhões dos cofres públicos e não são eventos para o povo trabalhador. Além disso, sabemos dos inúmeros escândalos de corrupção, como o que derrubou o ex-ministro Orlando Silva (PC do B) do Ministério dos Esportes. A ilusão estimulada por Lula e Dilma de que esses eventos eram a nossa salvação já se dissipou. Está claro que as empreiteiras financiam os políticos na época da eleição e em troca recebem obras para estádios e Mega-Eventos e, além disso, as fazem com dinheiro público com orçamentos superfaturados!. As cidades são remodeladas para os turistas e o povo trabalhador sofre com as remoções e outras mazelas. Por isso a juventude e o povo devem marchar junto com o movimento dos Sem-Teto, os Comitês Populares da Copa e as comunidades afetas pelos Mega-Projetos como as Hidrelétricas. Está claro também que os empresários do transporte lucram fortunas em acordo com os governos, cobrando preços abusivos por péssimos serviços, e são também eles os que financiam as campanhas dos políticos.

Enquanto tudo isso ocorre, as direções majoritárias da UNE e UBES (PCdoB e PT), seguem sustentando esses governos (Dilma, Cabral, Haddad) e atuam no movimento para trair a nossa luta. Tudo para que as direções das juventudes do PC do B e do PT mantenham seus cargos em ministérios e secretárias municipais/estaduais. Repudiamos essas direções burocráticas e exigimos que todas as entidades estudantis rompam com os governos que aumentam a passagem e aprisionam jovens que estão nas manifestações de rua. O movimento estudantil deve encabeçar já o Fora Cabral, Paes e Alckmin!

A participação dos trabalhadores é fundamental!

A inflação que corrói o bolso do trabalhador é resultado direto da política econômica que destina bilhões aos banqueiros e ao sistema financeiro e que tenta impor ao povo a conta da sua farra. A saída aplicada por Dilma e demais governantes é apenas mais ataques aos nossos direitos e arrocho salarial, seguindo a mesma orientação em curso na União Européia. Por isso uma onda de greves percorre o país ao longo dos últimos anos, paralisando canteiros de obras, quartéis, escolas, transportes, universidades, estatais, hospitais, etc.

A unidade da classe trabalhadora, com seus métodos de luta, com a atual manifestação é determinante para conquistar nossas pautas comuns. Todos os sindicatos, associações, Federações devem se pronunciar em favor da continuidade da luta, realizar assembléias com suas bases e organizar colunas nas próximas passeatas levando suas reivindicações. Exigimos ainda que as centrais sindicais, sobretudo a CUT e Força Sindical, rompam com os governos, acabem com a paralisia, e convoquem plenárias de suas bases para debater como seus sindicatos a convocação de um dia unificado de paralisação nacional no Brasil, verdadeiro caminho para arrancar nossas reivindicações.

Propostas:

– Basta de dinheiro publico para os empresários do transporte. Fim das isenções e subsídios! Que a redução da tarifa saia do lucro das empresas!

– Abrir a caixa-preta das empresas. Auditoria no setor. Apoiar iniciativas como a CPI do transporte pedida pelos vereadores do PSOL do Rio de janeiro!

– Dinheiro para saúde e educação e não para a Copa e a FIFA!

– Unidade dos que lutam! Por aumentos de salário e melhores condições de trabalho e vida! Que as centrais sindicais deixem de apoiar os governantes e convoquem um dia nacional de paralisação!