LIBERDADE AOS PRESOS POLÍTICOS DE FERREIRA GOMES!

|

Julio Miragaia (Coordenação da CST/PSOL do Pará)

O envolvimento de Dilma e das empreiteiras para acelerar suas obras não leva em conta os direitos dos trabalhadores. Mais uma vez os operários das obras do PAC estão demonstrando isso. No extremo norte do país, a cidade de Ferreira Gomes, no Amapá, está sendo palco de mais uma revolta de operários contra as precárias condições de trabalho impostas nas obras do PAC.

No dia 03/02 um grupo de trabalhadores queimou pelo menos 12 alojamentos no canteiro de obras da Usina Hidrelétrica em construção na cidade. A ação ocorreu como protesto contra a péssima condição da comida servida. Depois de atear fogo nos alojamentos, os operários fecharam a BR-156 e foram duramente reprimidos pelo BOPE. 17 pessoas foram presas e permanecem detidas desde o dia do ocorrido, sendo tratados pelo governo e pela mídia como criminosos comuns.

Estes trabalhadores são presos políticos do governo Dilma, que pretende, dessa forma, silenciar quem questiona as relações de trabalho nos canteiros do PAC. Nada mais cruel e reacionário do que a criminalização de quem luta por melhores condições de trabalho. Assim é em todas as manifestações ocorridas até aqui. Em Jirau, em Belo Monte e agora em Ferreira Gomes, o aparato repressor é utilizado para frear as mobilizações. Como as burocracias sindicais estão sendo atropeladas pelos trabalhadores, o governo usa da repressão para conter as lutas.

Estamos juntos com os operários de Ferreira Gomes. Estes trabalhadores deram o recado ao governo de que as lutas nas obras do PAC que começaram em Jirau em 2011 continuam. A lógica de super exploração dos trabalhadores nas obras do PAC só pode ser combatida com a mobilização destes trabalhadores.

A Unidos Pra Lutar e o SindeSaúde Amapá apóiam a campanha pela libertação dos operários presos e cobram melhores condições de trabalho no canteiro. Exigimos a imediata libertação de todos porque lutar não é crime. Somos todos operários!