Uma poderosa Greve Geral sacudiu o país no dia 28 de abril, contra as reformas da Previdência, Trabalhista, as terceirizações e pelo Fora Temer. A Greve Geral foi precedida por grandes manifestações nos dias 8, 15 e 31 de março, que levaram multidões às ruas contra o governo e seus ataques. A popularidade de Temer se reduziu a pífios 4%, enfraquecendo toda força do governo para aprovar as reformas no Congresso Nacional.

O avanço das mobilizações abriu uma colossal crise nas altas esferas que comandam o país. O completo enfraquecimento do governo produziu um avanço nas investigações que resultaram na gravação onde Temer dava o aval para que o dono da JBS comprasse o silêncio de Eduardo Cunha. As gravações também comprometem o PSDB, principal aliado do PMDB no governo, com Aécio Neves sendo flagrado pedindo R$ 2 milhões ao dono da JBS. Diante desse quadro de esgotamento total do governo, o imperialismo e a burguesia tentam se rearticular por outra saída para aplicar os ataques contra os direitos da classe trabalhadora e da população em geral.

A classe trabalhadora, a juventude e os movimentos sociais devem ocupar imediatamente as ruas para derrubar Temer e pelo fim das reformas. Em São Paulo, manifestantes já se dirigiam para a Avenida Paulista imediatamente após o estouro da gravação envolvendo Temer. Em Porto Alegre, o PSOL convocou para esta quinta-feira um ato pelo Fora Temer na Esquina Democrática. No Rio, está sendo convocado um ato unitário contra Temer e as reformas, também nesta quinta-feira, da Candelária à Cinelândia. Iniciativas como esta estão sendo convocadas em todo o país. É preciso intensificar as mobilizações e que as centrais sindicais convoquem imediatamente uma nova Greve Geral. Os trabalhadores e a juventude não podem dar trégua aos corruptos que querem atacar direitos históricos conquistados com muita luta.

A queda de Temer é iminente e abre um vácuo de poder no país. Os partidos e organizações de esquerda tais como PSOL, PSTU, PCB, MAIS, UP, movimentos sociais e entidades como o MTST, a CSP-Conlutas, a Intersindical, o ANDES-SN, a FASUBRA e a Frente de Esquerda Socialista precisam organizar uma grande reunião nacional para debater a construção de uma alternativa política, que se apresente em contraponto tanto à velha direita do PSDB, PMDB e seus satélites quanto às velhas direções lulistas do PT e PCdoB.