Marcar a data da GREVE GERAL e transformar o 31/03 num ato unitário contra Temer!
É necessário realizar um novo protesto unificado e marcar a data da greve geral em abril. E a oportunidade é a reunião unificada das Centrais Sindicais no dia 27/03 que vai ocorrer em São Paulo. A classe trabalhadora deu uma imensa demonstração de força na jornada de 15 de março, com fortes paralisações e imensas passeatas contra a reforma da previdência e contra o governo Temer (PMDB/PSDB). Por isso o governo recua em aspectos da reforma, como por exemplo os servidores estaduais e federais, refletindo a força da luta e a crise política que abala a república. Com esse recuo tenta dividir a luta contra a Reforma. É hora de ocupar as ruas e deflagrar a greve geral da classe trabalhadora para barrar os ataques de Temer e do Congresso.
A disposição de luta das bases forçou a unificação das Centrais, Confederações, Sindicatos e movimentos sociais. Porém a CUT, CTB, Força Sindical, UGT não deram continuidade a luta. Não convocaram nova manifestação unificada, não realizaram plenárias abertas, nem chamaram assembleias da base. Nenhuma apostou em continuar a unidade de ação e aproveitar a disposição de luta e radicalização que existe nas categorias. As centrais ligadas ao Lula só se preocupam em criar palanques para o ex-presidente e buscam canalizar a indignação para a campanha eleitoral de 2018. As Centrais próximas ao governo, como a Força Sindical, querem apenas mais cargos e poder em Brasília. As Centrais apostaram nas negociações e na trégua. As negociações com o presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM), sobre a terceirização terminaram tragicamente. O governo aprovou o projeto de lei 4302 que impõe a terceirização de todos os setores, iniciando a reforma trabalhista. Jamais se poderia esperar outra coisa de corruptos e neoliberais como Temer e Maia. As negociações, após o dia 15/03 e em meio à crise política, foram uma tragédia.
Chega de enrolação, marcar a data da greve geral já!
Após a terceirização, a CUT lançou um chamado a greve geral em abril, sem data. As Centrais marcaram uma reunião no dia 27 para “definir data da greve geral”. Desde 2015 as centrais falam em construir uma “greve geral”, mas sempre fica no discurso. Após as jornadas de 8 e 15 de março, temos uma nova oportunidade de transformar as palavras em ação. Exigimos que eles convoquem uma data para uma greve geral de 24h em abril, bem preparada através de assembleias de base e comitês de greve nas cidades e coordenações estaduais. Que seja bem divulgada e organizada, com panfletagens massivas e comandos de mobilização nos locais de trabalho. Com piquetes, bloqueio de vias, ocupação de prédios e fortes passeatas para barrar as contrarreformas da previdência e trabalhista e colocar para fora Michel Temer e Rodrigo Maia. Em nosso entendimento essa data deveria ser já na primeira quinzena de abril, aproveitando o bom clima de luta que predomina no país. Não podemos aceitar que essa decisão seja adiada, nem tolerar “desculpas” como “divergências de datas”.
Em nosso entendimento o PSOL, MTST e a INTERSINDICAL deveriam batalhar para concretizar essa data em abril.
Transformar o dia 31 numa manifestação unitária contra a reforma da previdência e a terceirização
No vácuo deixado pelas centrais ganhou peso o dia 31/03 da Frente Brasil Popular e Povo Sem Medo. O calendário do FONASEFE de 28/03, foi esvaziado. Mas existem corretas preocupações de correntes e ativistas já que o 31/03 pode ser capturado pelo Lulismo para sua campanha eleitoral de 2018, o que seria lamentável. A reunião das centrais também vai tratar desse assunto. Nossa proposta é que essa data seja transformada numa nova manifestação unitária e ampla, de todos e todas os que quiserem lutar contra a reforma da previdência, contra a terceirização e contra o governo Temer. Tal como foi assinalado nas votações das assembleias do SEPE/RJ. Nesse caminho marcar a data da greve geral em abril. Estamos à disposição para batalhar por essa posição em conjunto com a CSP-CONLUTAS, a Frente de Esquerda e Socialista e demais sindicatos e organizações que tenham posições semelhantes.
26/03/17, Corrente Socialista dos Trabalhadores – PSOL