SPF’s 2017: Unidade para barrar os ataques!
A seguir publicamos contribuição do COMBATE – Classista e pela Base, para as reuniões nacionais da FASUBRA, CONDSEF e a para a reunião ampliada do FONASEFE.
Propostas que também foram apresentadas na reunião da Coordenação da CSP-CONLUTAS, realizada nesse último final de semana.
CAMPANHA SALARIAL SPF’s 2017:
Unidade para barrar a reforma da previdência de Temer!
O governo Temer quer nos fazer trabalhar até morrer! É isso o que propõe, na prática, a Reforma da Previdência que ele propõe por meio da PEC 287 enviada à Câmara Federal em dezembro de 2016, que aumenta o tempo de contribuição para 49 anos e aumenta a alíquota de contribuição de 11% para 14%. Para justificar esse ataque aos trabalhadores, o governo mente: diz que a previdência gasta mais do que arrecada, quando na verdade o volume total de arrecadação na Seguridade social produz superávit todos os anos. Na verdade, o governo quer destinar ainda mais dinheiro ao pagamento da dívida pública com os banqueiros que hoje já consome quase 50% do orçamento federal. O pagamento dessa dívida é um verdadeiro esquema de corrupção institucionalizada que desvia dinheiro da educação, da saúde, da previdência social para enriquecer os bancos que seguem lucrando muito em nosso país. É preciso unir os calendários dos servidores, da iniciativa privada, juventude e setores populares em manifestações unitárias, seguindo a combatividade dos servidores do Rio de Janeiro.
Unidade para impedir o congelamento salarial!
No mesmo dia em que saiu a prévia do contracheque dos servidores federais, Temer declarava a um jornalista que só haverá aumento salarial para a categoria a partir de 2019, ou seja, que pretende aplicar uma política de reajuste zero. Não podemos aceitar! Em 2017 os servidores têm que se mobilizar para incluir na proposta orçamentária deste ano o reajuste para 2018 que reponha a inflação e nos garanta aumento real sem esquecer as perdas acumuladas nos governos PT/PMDB. Na luta contra a PEC 287, é preciso construir uma poderosa campanha salarial unificada dos Servidores públicos federais que garanta uma greve geral unificada do setor. Só assim derrotaremos o ajuste fiscal de Temer e seus aliados, todos envolvidos na Lava Jato.
As direções das centrais estão vacilando
Em 2016, vivemos longas greves da educação, ocupações estudantis, greve nacional bancária e uma poderosa manifestação dos metalúrgicos do ABC contra a reforma da previdência. Infelizmente, as direções da CUT, CTB e UNE se negam a unificar os calendários de mobilização. Ocorre que, essas entidades são comandadas por dirigentes do campo Lulista e sua única estratégia é a eleição de 2018. Não concretizam o seu chamado “à greve geral” pois querem tranquilidade para garantir o calendário eleitoral. Basta ver que o PT teve a oportunidade de parar a PEC 55 no senado, mas preferiu pactuar com Renan Calheiros. Ou a participação dos governadores do PT e PCdoB na reunião com Temer e Meireles, legitimando o ajuste fiscal. Ou o diálogo de Lula com Temer, Sarney, Renan, FHC e Jose Serra na última semana. Não podemos confiar nessas direções pelegas e traidoras. Devemos apostar em nossas próprias forças e utilizar os calendários que existem. Por isso, mantemos nossa batalha pela construção de um “terceiro campo”, que reafirme a independência de classe, contra a velha direita e contra as traições da burocracia Lulista.
Nossas propostas para a luta unificada no FONASEFE:
– organizar um dia nacional de luta unificado com os servidores estaduais e as categorias que estão em campanha salarial até o fim de fevereiro (num dia de manifestação do MUSPE do Rio de Janeiro);
– fortalecer as manifestações de rua no 8 de março, unificados com os atos feministas.
– realizar forte paralisação nacional de 24h no dia 15 de março, dia de luta votado pelo ANDES-SN e CNTE. Com plenária do FONASEFE 18 de março.
– indicar data de deflagração da greve unificada dos Servidores federais para última semana de março;
– propor uma plenária nacional das Centrais Sindicais, Federações, Confederações, Sindicatos, para votar um plano econômico e social de emergência e um calendário unitário de mobilização, marcando a data de uma greve geral.
– realizar reuniões estaduais e municipais de sindicatos e movimentos sociais, visando a construção de Fóruns de Lutas para encaminhar de forma unificada os dias de mobilização.
05/02/17, COMBATE – Classista e Pela Base