Todo apoio à greve da educação de SP! Repudiamos a criminalização!

Todo apoio à greve da educação de SP!
Repudiamos a criminalização!
Na terça-feira, dia 15 de abril, os professores e professoras da rede municipal de São Paulo realizaram uma forte assembleia de greve, onde foi rejeitada a proposta de 2,6% de reajuste salarial, bem como repudiaram todos os ataques à carreira docente. Na assembleia, os professores e professoras, quadro de apoio e gestores aprovaram greve por tempo indeterminado e caminharam até a Câmara Municipal!
Agora, o prefeito Ricardo Nunes entrou com uma liminar na Justiça, afirmando que os sindicatos não esgotaram a negociação e que estamos gerando prejuízos. A Justiça burguesa acatou a liminar e determinou o funcionamento de todas as unidades de ensino com, no mínimo, 70% dos profissionais em cada unidade, sob pena de multa diária de R$ 10.000,00. E, hipocritamente, afirma que a greve prejudica os alunos e alunas e suas famílias.
Os professores estão lutando há anos contra a retirada de direitos e o desmonte da carreira docente, promovidos pelos sucessivos governos. Quem gera prejuízos irreparáveis é o governo que não fornece condições de trabalho, que promove o adoecimento das e dos profissionais e tem uma política sistemática de negar a readaptação, humilhando a categoria e impondo que os profissionais trabalhem colocando em risco sua saúde e sua vida!
Quem prejudica a população trabalhadora e os estudantes é quem tenta privatizar todo o serviço público e terceirizar os servidores para atender à sanha pelo lucro dos grandes empresários! Quem prejudica a educação é quem mente na imprensa dizendo que concedeu 44% de aumento, quando oferta 2,6%, empurrando a categoria a pegar dois cargos ou mais para sustentar suas famílias! O projeto de Nunes e da extrema-direita é que as professoras e professores trabalhem até morrer! Não iremos aceitar!
A prefeitura e a Justiça burguesa tentam enganar o povo trabalhador e a juventude. Perceberam que a greve tem possibilidade de canalizar a insatisfação social contra seu governo. A prefeitura se preocupa com o apoio do movimento estudantil, que hoje se fez presente na assembleia com falas de solidariedade da AMES. E o governo do estado teme que a greve da educação municipal produza um efeito na assembleia da APEOESP e na campanha salarial de categorias como metroviários e metroviárias. A tentativa de criminalização reflete isso, e nós não podemos recuar. A hora é de construir a greve com mais garra, conversando com colegas, passando nas escolas e fortalecendo nossa luta! Estamos em uma queda de braço com a extrema-direita de São Paulo; a única forma de vencermos é lutando! Organizados e mobilizados coletivamente, somos mais fortes!
Defendemos a unidade de todas e todos os servidores do município numa forte greve contra Nunes. Defendemos a unidade na luta com a APEOESP, com passeatas e greve unificada. Propomos a coordenação das campanhas salariais com os metroviários e metroviárias e setores em luta, como trabalhadores de aplicativos. Um comando único de mobilização das categorias atacadas, como ferroviários e sabespianos. Propomos que a CUT e a CTB de São Paulo organizem uma solidariedade ativa e calendários de luta com petroleiros, metalúrgicos e químicos.
Chamamos todos os sindicatos e movimentos sociais a repudiarem a criminalização e a apoiarem a greve das professoras e professores de São Paulo! O primeiro passo para isso é na quarta-feira, 16 de abril: todas e todos na Câmara Municipal a partir de 13h!
Batalhamos para que a CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação) utilize todo seu peso para unificar as lutas da educação em todo o país, numa jornada nacional que contemple, em suas pautas, o repúdio a esse ataque da prefeitura de Nunes e da Justiça, e o apoio à nossa greve em SP!
15/04/25
COMBATE Educação