80 anos da libertação de Auschwitz: um mundo com novos genocídios

Por Miguel Lamas, dirigente da UIT-QI

 

Entre 1940 e 1945, cerca de 1,1 milhão de pessoas morreram em Auschwitz-Birkenau, o maior campo de extermínio da história da humanidade. As câmaras de gás e os crematórios matavam até 5.000 pessoas por dia. A maioria delas eram judeus, mas também havia militantes de esquerda, prostitutas, homossexuais, prisioneiros de guerra de outros países e assim por diante.

O campo de concentração ficava na Polônia, ocupada pela Alemanha nazista naqueles anos da Segunda Guerra Mundial. Os prisioneiros eram transportados em vagões de gado lotados, com até oitenta pessoas cada, a partir da Itália, da França, da Hungria, do Báltico, da Alemanha e da Polônia. Finalmente, em 27 de janeiro de 1945, o Exército Soviético libertou Auschwitz.

No octogésimo aniversário da libertação de Auschwitz, será realizado um ato para repudiar mais uma vez esse genocídio. Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, foi convidado a participar, pois também é judeu de família polonesa. Provavelmente, não será capaz de estar presente ou não vai querer ir, porque é responsável pelo atual genocídio em Gaza. Inclusive, o Tribunal Penal Internacional — sediado em Haia — emitiu ordens de prisão contra ele. A Polônia, como membro do Tribunal, é legalmente obrigada a detê-lo. Porém, seu governo já deixou claro que não vai fazer isso. O relevante é que, pela primeira vez, a participação de Israel nesse evento foi questionada.

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