ESPECIAL: Caiu a ditadura de Assad
A sanguinária ditadura da família Assad acabou. A comunidade de refugiados e refugiadas sírios no Brasil comemorou, na Avenida Paulista, o fim da tirania. Nós compartilhamos essa alegria, pois estivemos na mesma trincheira contra Assad. Jamais esqueceremos o genocídio de Assad contra seu próprio povo, utilizando até armas químicas. Nunca perdoaremos o esmagamento fascista de Aleppo em 2016. Ao mesmo tempo, sempre combatemos toda e qualquer ingerência imperialista dos EUA e da Rússia, bem como de potências regionais, como Irã e Turquia.
O fato é que jamais deixamos de apoiar a luta contra a ditadura de Assad de um ponto de vista marxista revolucionário. Em recente comunicado, nossa Internacional relembra nossa postura: “Desde março de 2011, a UIT-QI e as suas secções têm promovido o apelo à solidariedade internacional com a revolução síria”. Em todos esses anos, “procuramos apoiar a esquerda independente, que enfrentou a ditadura de al-Assad, para dar passos na construção de um polo socialista revolucionário na Síria. Trabalhamos em conjunto com diversos líderes e organizações que, apoiando a rebelião contra o regime, levantaram uma posição política independente da liderança da oposição burguesa do Conselho Nacional Sírio (SNC), do imperialismo e das milícias islâmicas reacionárias e do ISIS”.
A derrubada da ditadura não foi um “complô” imperialista. Na Síria, as massas entraram em ação para a Queda de Assad. Conforme analisa Miguel Sorans, dirigente da UIT-QI: “A queda de Aleppo abriu uma nova situação. Desencadeou a retomada da mobilização de milhares e milhares de lutadores e ex-combatentes dos primeiros anos da rebelião popular iniciada em 2011. À medida que os rebeldes avançavam, outras cidades se levantaram. Como foi o caso do povo da província de Daraa, no sul do país, berço da revolução de 2011. Eles não tinham ligação alguma com a brigada da HTS no Norte. Atacaram delegacias e depois quartéis com armas nas mãos”. Anteriormente, em 2023, já tinham ocorrido protestos que iniciaram na cidade de Al Sueida, no sul do país, contra o aumento da gasolina e o elevado custo de vida.
Neste momento, a UIT-QI batalha para se vincular ao processo vivo que ocorre no território e a atuar com os lutadores e a esquerda Síria. Apoiamos os recentres protestos em Damasco, Homs e Hama e as reivindicações das mulheres, democráticas e laicas que se expressaram neles. Essa batalha é um caminho para construir uma direção revolucionária e disputar os rumos da luta. Não temos nenhuma confiança na direção do HTS, que lidera o atual governo burguês da Síria através de acordos com figuras do velho regime e suas posturas reacionárias. Propomos a mobilização independente pelas pautas mais sentidas pela classe trabalhadora e setores populares.
Aqui nesse especial você poderá ler declarações e documentos de nossa Internacional, bem como artigos de seus dirigentes e seções. São textos publicados ao calor da luta de classes, percorrendo mais de uma década de nossa batalha desde 2011. São as posições do trotskismo morenista que a CST, seção da UIT-QI no Brasil, defende.
Boa leitura!
PARTE I – A revolução Síria e a guerra civil prolongada (2011 – 2015)
2011
Abaixo a ditadura de Bashar Al Assad! Viva a rebelião popular síria!
2012
Ao povo da Síria que luta contra a tirania
Reunião internacional em solidariedade à Síria
A ONU e Bashar contra a revolução síria
Revolução Síria: Reunião internacional de solidariedade
Síria: Já se combate em Damasco, muito perto do Palácio
Entrevista com Lider da Esquerda Revolucionária da Síria
Declaração de Istambul em apoio a revolução Síria
2013
DECLARAÇÃO SOBRE A REVOLUÇÃO SÍRIA DAS FORÇAS DA ESQUERDA PARTICIPANTES NO FSM
Declaração do Movimento de Esquerda Revolucionária da Síria
Repudiamos a intervenção imperialista na Síria
O acordo Irã-Estados Unidos: se fecha o cerco contra a Revolução Síria
2014
Do nasserismo ao islamismo político
Não aos bombardeios dos EUA no Iraque e na Síria!!
Solidariedade com a resistência do povo curdo em Kobane!
2015
Solidariedade com o bairro palestino Yarmuk na Síria
Convocatória para Encontro em apoio à revolução na Síria
Declaração de Istambul: Rompamos o bloqueio à Revolução Síria
21 de agosto: jornada internacional em apoio à revolução síria
Brasil: atividades da Jornada em apoio à Revolução síria
FIM DOS BOMBARDEIOS RUSSOS NA SIRIA! FORA OS BOMBARDEIOS DA COALIZÃO EUA E UNIÃO EUROPEIA!
Repudiamos os atentados terroristas do Estado Islâmico em Paris!
Ditador sírio e imperialismo europeu são responsáveis pela morte do menino Aylan!
UIT-QI participa do Fórum Social Mundial no coração da Primavera Árabe
Um chamado à solidariedade com a revolução Síria e o povo curdo
PARTE II – A devastação de Aleppo e o avanço da contrarrevolução (2016 – 2022)
2016
O movimento curdo e a revolução Síria
2017
Por que a revolução síria foi derrotada?
Repudiamos novo ataque químico criminoso de Bashar Al Assad na Síria
Repudiamos o bombardeio imperialista na Síria! Não ao genocídio de Assad-Putin!
COM TRUMP MUDA A POLÍTICA AMERICANA NA SIRIA?
2018
Repudiamos o bombardeio imperialista na Síria!
Capítulo 3 – A queda de Aleppo: um avanço da contrarrevolução no Oriente Médio e no Norte da África
2019
PARTE III – Retomada dos protestos, queda de Aleppo e a revolução que derruba Assad (2023 – 2024)
2023
Ataque criminoso de Israel contra Alepo
Siria: solidariedade aos protestos populares contra Al Assad
2024
“13,5 anos + 1 semana”: A nova situação e a velha tarefa na Síria
Caiu Bashar al-Assad: fim de 54 anos de ditadura
A primavera síria chegou no inverno
Fora Israel da Síria! Basta de bombardeios!
Debate com a esquerda que lamenta a queda da ditadura de Al-Assad