Sem anistia! Ocupar as ruas contra os golpistas!
Sem anistia! Ocupar as ruas contra os golpistas!
Esmagar a extrema direita nas ruas!
Na mesma semana em que um atentado da extrema direita ocorreu em Brasília, revela-se mais uma parte do plano golpista de 8J. O plano “punhal verde amarelo” previa o assassinato de Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes, além da instauração de um “gabinete” coordenado pelos generais Braga Neto e Augusto Heleno. A execução do plano estava a cargo de militares das Forças Armadas, denominados “kids pretos”. Novamente se comprova que houve um plano da extrema direita para dar um golpe e instaurar uma ditadura policial-militar no Brasil. Porém, até agora, reina a impunidade para os golpistas. Do mesmo modo como segue impune a cúpula da Ditadura de 1964.
Onde estão os mandantes?
A Polícia Federal (PF) acaba de prender alguns integrantes das forças armadas e da PF. Sem dúvida esses golpistas devem permanecer presos. Com a extrema direita não há debate possível. Os esmagamos nas ruas ou eles nos esmagam. Não pode haver liberdade para os defensores da Ditadura Militar que mata opositores e acaba com sindicatos e movimento socais. Mas a pergunta que não quer calar é: onde estão os mandantes, os arquitetos desse plano, como Jair Bolsonaro, seus familiares, os generais Heleno e Braga Neto? Os empresários golpistas do agronegócio e da Havan? Nós, da CST, organização socialista e revolucionária independente, defendemos o fim dessa impunidade!
Os que apoiaram Bolsonaro também são cúmplices!
Há muitos ultrarreacionários que sustentaram o governo Bolsonaro e agora posam de “progressistas”. Eles receberam apoio federal, compuseram a base aliada ou desfrutaram de cargos, mas tiram o “time de campo” pois veem o “barco afundando”. Um exemplo é o dos governadores Tarcísio, Zema, Cláudio Castro ou prefeitos como Ricardo Nunes, que tem como vice de sua chapa um integrante do PL. Todos os ministros, deputados e políticos que apoiaram, participaram de atos bolsonaristas, deram apoio parlamentar, são cúmplices de Bolsonaro e devem ser investigados profundamente.
Os pactos institucionais de Lula e da frente ampla não funcionam!
Os atos “Sem Anistia” nunca continuaram. A CUT, CTB, UNE e MTST nunca organizaram um plano de luta efetivo pela punição dos golpistas. O presidente Lula e a frente ampla do PT, PCdoB e PSOL apostam suas fichas em negociações institucionais. Confiam no Congresso reacionário e no Supremo Tribunal Federal (STF) conservador. E isso já se mostrou totalmente errado. Os líderes da extrema direita golpista estão aí disputando eleições, elegendo-se senadores, deputados, vereadores e prefeitos. Além disso, há lideranças golpistas dentro do próprio governo Lula, como é o caso do Ministro da Defesa, José Múcio. Há pactos políticos com Arthur Lira, União Brasil, PP, Republicanos, MDB e PSD, que eram base de Michel Temer e Bolsonaro. E na última eleição municipal o PT se aliou com o PL de Bolsonaro em 85 municípios.
Mas o pior é que, enquanto faz pactos com esses setores, o governo Lula-Alckmin lança um novo pacote de corte de verbas das áreas sociais contra a classe trabalhadora e criminaliza greves, como a do INSS. Além de ajudar a financiar as privatizações de Tarcísio em SP. Essa política de colaboração de classes, ataques ao povo trabalhador e de governabilidade conservadora não serve. Deixa impune os golpistas e só prepara retrocessos e derrotas para o conjunto da população trabalhadora. Por isso, nós, da CST, seção no Brasil da UIT-QI, não integramos a frente ampla e defendemos a construção de uma esquerda independente, socialista e revolucionária, sem pactos com os patrões e a direita.
Exigimos que CUT, MTST e UNE convoquem mobilização nacional
Defendemos a organização de atos do conjunto da classe trabalhadora e dos setores populares para punir os golpistas que planejam assassinatos. A metodologia do assassinato é a mesma que foi utilizada contra Marielle Franco e Anderson Gomes no RJ ou com Bruno Pereira e Dom Phillips no Amazonas. O mesmo que se abate sobre lideranças dos povos indígenas, camponesas, ativistas dos direitos humanos ou servidores dos órgãos ambientais e da FUNAI.
Defendemos a mobilização nas ruas para impedir que esses golpistas e genocidas permaneçam impunes. Somente a nossa mobilização unificada pode derrotar a extrema direita. Vamos seguir o exemplo combativo que vem da Argentina e lutar nas ruas para esmagar de vez a extrema direita de Bolsonaro, Javier Milei e Donald Trump.
Exigimos que CUT, CTB, MTST, MST, UNE, OAB e ABI convoquem uma mobilização nacional pela punição de Bolsonaro, Braga Neto, Heleno e todos os golpistas. Confiscar os bens dos políticos, militares, pastores e empresários que organizaram a tentativa de golpe! Expropriar as empresas que financiaram a intentona bolsonarista de 8J! Punir todos os torturadores e golpistas de 1964! Fim do GSI e da ABIN golpistas! Fim da PRF e PM assassinas! Fim da Polícia Civil miliciana! Fim dos assassinatos nos campos e terras indígenas! Pela ruptura de relações com os nazi-sionistas de Israel.
Defendemos que essa jornada incorpore outras pautas da classe trabalhadora, como:
– Revogação das reformas da previdência, trabalhista, do Novo Ensino Médio e da privatização da Eletrobras! Revogação do Marco Temporal! O fim da escala 6×1! Semana de 4×3! Por 36 horas semanais! Pela redução da jornada sem redução do salário! Em defesa dos serviços públicos e do direito de greve!
– Fim do Plano Safra ao agronegócio! Fim do repasse de verbas públicas a empresas que enriqueceram na Ditadura de 64, como a Rede Globo e empreiteiras. Redução geral do orçamento militar! Não pagamento da dívida aos banqueiros! Canalização desses recursos para o serviço público federal, para atender as pautas dos grevistas do INSS.
19/11/2024
Corrente Socialista de Trabalhadoras e Trabalhadores (CST), seção da Unidade Internacional de Trabalhadoras e Trabalhadores (UIT-QI) no Brasil.