Unificar a luta pelo fim da escala 6×1
Exigimos da CUT, CTB e Força Sindical um plano de luta pela redução da jornada!
Nos últimos dias a pauta do fim da escala 6×1, movimento iniciado pelo VAT (Vida Além do Trabalho), ganhou bastante repercussão. Nós, da CST, como organização socialista e revolucionária independente, apoiamos desde o início esse movimento pela redução da jornada sem redução de salários.
O fim da escala 6×1, da reforma trabalhista e a redução da jornada de trabalho é uma necessidade diante da grande exploração que vive a classe trabalhadora, principalmente nos serviços mais precarizados.
Trata-se de uma reivindicação justa, que recupera uma bandeira histórica e internacional da classe trabalhadora. Algo que no Brasil foi popular nos anos 1980 através das greves operárias na fundação da CUT. Depois foi relegada a segundo plano e abandonada pelas maiores centrais e sindicatos do país.
Atenção, trabalhador e trabalhadora: veja quem não defende a redução da jornada!
Sem nenhuma surpresa, vimos empresários se posicionando contra. Do mesmo modo os seus representantes na mídia capitalista e nos parlamentos (políticos da extrema direita e direita). Você, trabalhador ou trabalhadora, pode ver quem é quem nessas horas. Esse pessoal é contra a classe trabalhadora. Desejam que a gente morra de tanto trabalhar, sem nenhum direito. Por eles, ainda estaríamos nas senzalas e tomaríamos chibatadas.
Por isso, esses setores são contra a PEC que prevê o fim da escala 6×1 e uma jornada de 36h semanais, proposta pelo movimento VAT, o atual vereador Rick Azevedo (PSOL) e a deputada federal Erika Hilton (PSOL). O abaixo-assinado eletrônico do VAT pelo fim da escala 6×1 já contabiliza 2 milhões de assinaturas.
A regulamentação de Lula-Alckmin não é a solução
O governo Lula/Alckmin, por representar empresários e multinacionais, não tem interesse no fim da escala 6×1 e na redução da jornada de trabalho. O governo da frente ampla liderado pelo PT não revogou a reforma trabalhista e a terceirização de Temer/MDB e nem revogou a reforma da previdência de Bolsonaro. E as direções das centrais sindicais e movimentos que o apoiam (direções da CUT, CTB, Força, MTST) não organizam suas bases por essas reivindicações para não se chocar com o governo e os patrões. E por isso PT, PCdoB e PSOL fazem corpo mole ao redor da pauta, se negando a convocar massivamente para as ruas.
A postura do Ministro do Trabalho, Luiz Marinho, um ex-metalúrgico e sindicalista, é absurda. Ele propôs que toda a regulamentação da redução da jornada fique na mão da patronal via acordo coletivo de trabalho, isentando o governo de qualquer posição. Mas na disputa entre trabalhadores e empresários não há meio-termo. Quem não está com a classe trabalhadora está com os patrões e as multinacionais.
Batalhar pela mobilização unificada
É necessária uma luta unificada para impor o fim da escala 6×1 e a redução da jornada de trabalho. Estão se articulando atos para o dia 15/11, que ainda precisam ser reforçados. O que necessitamos é de uma jornada unificada. Devemos unir as reivindicações locais e racionalizá-las, aproveitando a presença dos imperialistas do G20 em nosso país para protestar. Nos apoiar no movimento ambiental ou greves como a educação do RJ para unificar todos os que querem lutar. Apoiar a greve do INSS e nos manifestar contra a criminalização dessa luta.
Batalhamos nos sindicatos, federações e confederações sindicais para que a direção majoritária da CUT, CTB, Força e UGT convoquem assembleias e se somem nessa luta. Por um plano de lutas pelo fim da escala 6×1, pela redução da jornada, contra privatizações, retiradas de direitos e por mais verbas paras as áreas sociais.
Essa pauta só pode sair vitoriosa com a mobilização das trabalhadoras e dos trabalhadores. Por isso, exigimos das grandes centrais sindicais, como CUT e CTB, um plano de luta que unifique o conjunto do movimento sindical e sirva de apoio ao movimento VAT, fortalecendo em cada base a bandeira da redução da jornada de trabalho sem redução de salário, organizando mobilizações em todo o país para, através da luta, acabar de vez com a escala 6X1.
Pelo fim da escala 6×1! Pela redução da jornada para 36h semanais, sem redução de salários!
Revogação da reforma trabalhista, da terceirização e da reforma da previdência!
Por mais verbas para saúde e educação e não para o pagamento da dívida!
Fora G20 do Brasil! Fora o imperialismo da América Latina!