Por Amanda Cintra – Juventude Vamos à Luta;  Hosana Vitória – Juventude Vamos à Luta e Vitória Aparecida – Juventude Vamos à Luta

No fechamento desta edição, os estudantes da escola estadual Guiomar de Freitas Costa (Polivalente) constroem as eleições para o grêmio. A juventude revolucionária Vamos à Luta participa ativamente dessa construção, juntamente com estudantes independentes, da chapa Luta pela Liberdade Estudantil.

Esta chapa se propõe a lutar pela educação pública e de qualidade, enfrentando o projeto político de expulsão dos filhos da classe trabalhadora da educação básica e superior. Infelizmente, o governo Lula-Alckmin e o governo Zema seguem rifando nosso direito ao futuro, as pautas da educação seguem em mesas de negociação, sem mudanças: não há reajuste salarial do piso dos professores,
evasão escolar na maior taxa de 5,9%, Novo Ensino Médio (NEM), precarização do ambiente escolar, falta de equipamento e acessibilidade assistida a todas as especificidades presentes na escola. Por isso, o movimento estudantil secundarista tem que ser independente do governo Lula, não podemos ter rabo preso com nenhum governo que nos ataca.

Uma pauta prioritária da chapa é mobilizar os estudantes secundaristas para conseguirmos revogar o NEM. Ele é o principal problema dos estudantes: redução das aulas expositivas, sobretudo de disciplinas das humanidades, artes e educação física; substituição dessas disciplinas por itinerários formativos técnicos, que vendem o direito de escolha aos estudantes, que na maioria não escolhem o itinerário que fazem; aprofundamento da disparidade de aprendizado entre o ensino público e
particular. As disciplinas eletivas não agregam para a formação do estudante e a universidade se torna cada vez mais distante. O que os vestibulares cobram, em muitas escolas, não é apresentado.

O governo Lula se recusa a revogar o NEM, fazendo um PL de remendos. A direção majoritária da UBES, composta pela UJS/PCdoB, LPJ/Levante e juventudes do PT, comemora essa política e aposta na reforma da reforma ao invés de mobilizar os estudantes. Nossa chapa se propõe a ser parte das lutas secundaristas pela revogação do NEM, exigindo da UBES que saia dessa paralisia e que tenha
independência do governo.

O movimento estudantil secundarista deve estar nas ruas exigindo as reivindicações e demandas dos estudantes. Somente um movimento estudantil secundarista mobilizado e independente dos governos abrirá caminho para as nossas conquistas. A nossa chapa se propõe a ser uma alavanca das lutas dos
estudantes secundaristas, pela revogação do Novo Ensino Médio (NEM), pelo passe livre estudantil, fim do vestibular e todas as pautas dos estudantes do Polivalente.