O segundo turno das eleições de Belém será definido entre um representante do clã dos Barbalhos e um bolsonarista, em uma disputa em que não há alternativa para a classe trabalhadora. O projeto de conciliação de classes da Frente Ampla encabeçada por Edmilson Rodrigues (PSOL) produziu 4 anos de uma gestão desastrosa que foi incapaz de resolver os problemas do povo trabalhador Belenense (Transporte público, coleta de lixo, saneamento, valorização dos servidores públicos, etc.).
Edmilson ficou abaixo dos 10% dos votos e a insatisfação com seu governo infelizmente foi capitalizada pelo MDB e pelo PL de Bolsonaro.  Fez falta um polo unitário da esquerda independente.

Derrotar Eder Mauro e seu projeto reacionário, negacionista e inimigo da classe trabalhadora, das mulheres e do povo negro e indígena

A extrema direita mais uma vez chegou ao segundo turno das eleições, encabeçada dessa vez pelo delegado Eder Mauro (PL) deputado federal de posições fascistoides, cujo projeto reacionário precisa ser derrotado e repudiado pelo povo trabalhador de Belém.

Eder Mauro representa o bolsonarismo, inimigo da classe trabalhadora, das periferias, do povo preto, da juventude e do meio ambiente.  Como deputado, sempre votou contra a agenda ambiental, apoia o garimpo em terras indígenas, os agrotóxicos e a flexibilização do licenciamento ambiental, dentre outros.

É um defensor do projeto ultraliberal e ultrarreacionário da extrema direita, das privatizações e de retiradas de direitos das mulheres, negros, indígenas e pessoas LGBTQIA+ e se eleito , buscará fazer da prefeitura de Belém, um pilar do bolsonarismo e de seu projeto estratégico de fechamento do regime e de fim das liberdades democráticas (direito de greve, manifestação, reunião, sindicalização, etc).

Devemos votar contra esse projeto em nossa cidade. Disputar nossa classe e a juventude  numa efetiva campanha com as pautas da classe trabalhadora por salário, emprego, moradia,  transporte público de qualidade, serviços públicos,  saneamento, em defesa da Amazonia e  de nossa cultura.

Igor Normando e a oligarquia Barbalho têm um programa de ataques contra nossa classe

O resultado das eleições em Belém reflete o resultado a nível nacional, marcado pela depolitização e pela vitória e fortalecimento do chamado Centrão, o aglomerado de partidos  de direita, burgueses e profundamente fisiológicos que defendem pautas reacionárias e de retirada de direitos, que apoiaram Bolsonaro e atualmente estão no governo Lula-Alckmin.

No Pará, o fortalecimento do Centrão, foi capitalizado pelo MDB e a família Barbalho que além de dirigir o estado com Helder Barbalho, ganhou as prefeituras de 83 dos 144 municípios paraenses e disputa o segundo turno na capital Belém e em Santarém contra o PL. O Partido dos Barbalhos e seus aliados conquistaram a quase totalidade dos assentos da Câmara de vereadores de Belém onde as forças à esquerda da Frente ampla perderam espaço.

A Política da Frente Ampla  tem contribuído para o fortalecimento dessa oligarquia lhe dando sustentação e verniz de “progressista”. PT e PCdoB compõem o governo do estado. O   PSOL de Edmilson se negou a encampar uma oposição de esquerda aos Barbalhos e ao invés dissoapresentou durante a maior parte de sua gestão, Helder Barbalho como “Parceiro”.

Longe de ser progressista Igor Normando representa os Barbalho que fazem um governo neoliberal e privatista contra o povo e a serviço de sua oligarquia, do agronegocio  e das multinacionais que saqueiam nosso estado.  Helder privatizou estradas e quer privatizar a Consanpa. Igor , quando vereador, votou contra a instalação de ar-condicionado nos onibus da cidade.

Compreendemos que um setor da classe trabalhadora e da juventude neste segundo turno queira dar um voto em Igor contra Eder Mauro, mas alertamos que ele não representa uma alternativa para a classe trabalhadora. Representa uma oligarquia que governa em causa própria.

Votaremos nulo no segundo turno das eleições de Belém

Contra a extrema direita de Eder Mauro e Bolsonaro, nós, como socialistas revolucionários, fazemos nossa campanha centrada na sua denúncia, tanto em nível nacional como local , alertando a classe trabalhadora sobre o perigo que representa seu projeto.

Por outro lado, não vemos a possibilidade de votar em Igor Normando neste segundo turno, o fantoche do atual governador.

No primeiro turno estivemos com a campanha de Well Macedo do PSTU buscando fortalecer uma alternativa da esquerda independente.

Agora, no segundo turno, votaremos nulo como um voto de protesto, sabendo que a luta contra a extrema direita vai para muito além do voto, e vamos precisar muita organização das nossas lutas no próximo período e muita disputa ideológica no conjunto da sociedade. Para derrotar de vez a extrema direita, precisamos fortalecer a construção de uma alternativa socialista e revolucionária, que defenda a independência e a mobilização da classe trabalhadora e do povo.