Nem Fuad, nem Engler: por que não apoiamos as candidaturas no 2º turno em BH

Andressa Rocha, ex-candidata a vereadora em BH e militante da CST

No último domingo, dia 06/10, se encerrou o primeiro turno de votação. O que primou durante a eleição foi a polarização entre os setores da frente ampla e da extrema direita. Belo Horizonte terá o segundo turno, com a disputa entre os candidatos Bruno Engler (PL), que obteve 34,38% dos votos, e Fuad Noman (PSD), com 26,54%. Nós, da CST, vamos explicar os motivos pelos quais as duas candidaturas não representam um voto para a nossa classe.

A frente ampla em Belo Horizonte não conquistou os trabalhadores

A chapa da frente ampla, apoiada por Lula (PT), foi encabeçada pelo deputado federal Rogerio Correia (PT) e Bella Gonçalves (PSOL). A frente ampla ficou na 6° posição, com apenas 4,37% dos votos.

Acreditamos que o cenário eleitoral expressa também as desilusões com a frente ampla e com o governo Lula/Alckmin, que a nível nacional criminaliza importantes e justas greves, como a dos servidores ambientais e do INSS. E Lula foi quem assinou a privatização do metrô de Belo Horizonte.

Engler e Fuad representam os interesses dos patrões

Bruno Engler é o candidato apoiado por Bolsonaro e Nikolas Ferreira. Representa a extrema direita com propostas de ataques em todas as áreas. Na educação tem como proposta a implementação de escolas modelo cívico-militares no município. Na área de segurança pública, tem como proposta o aumento da guarda municipal. Sem propostas que apontam para a melhoria da vida da população trabalhadora e do povo pobre, o projeto bolsonarista se resume a ataques e cortes em áreas sociais importantes.

A política de Fuad foi de ataque aos setores da educação. E em um debate eleitoral Fuad até chamou o golpe de 1964 de revolução. Foi responsável pelo corte de diversas árvores no entorno do Mineirão para realização do megaevento automotivo, Stock Car. BH foi a capital que registrou o maior aumento de temperatura média anual, de 4° C.

Seguir batalhando por uma alternativa da esquerda independente!

O segundo turno nos deixa uma tarefa: seguir mobilizando e construindo uma alternativa da esquerda independente dos governos e dos patrões. Uma alternativa que derrote a Lei de Responsabilidade Fiscal para destinar recursos para áreas sociais, saúde, educação, transporte e moradia. Convidamos você, leitor, a construir essa alternativa com a CST em cada local de estudo e de trabalho. Não depositaremos nenhum voto em Engler ou Fuad.

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