Correios: Rejeitar a proposta de congelamento salarial e continuar a greve
O governo Lula e a direção dos correios mantiveram a proposta de congelamento salarial em 2024 com reajuste apenas em janeiro de 2025, nenhuma mudança nos valores do plano de saúde e uma pegadinha no pagamento do 70% de férias que pago de forma proporcional na prática só receberemos a sua integralidade apenas em 2026. Propostas ruins e inaceitáveis que devem ser rejeitadas nas assembleias.
É importante entender que essa é a política do governo Lula para as trabalhadoras, pois aplicou essa mesma proposta de congelamento salarial para o conjunto dos servidores federais em 2024 tudo para garantir as metas do arcabouço fiscal, um novo teto de gasto que pune os trabalhadores e o povo pobre porque atinge centralmente os salários e os orçamentos da educação, saúde e das áreas sociais.
FENTECT trai novamente a categoria
A ampla maioria da direção da FENTECT-CUT (Artsind-PT, LPS, MRL, INTERSINIDCAL, UNIDADE CLASSISTA), incluindo o bloco dos sindicatos unificados, de forma absurda saíram a aprovar a proposta do governo e da empresa, traindo a categoria e ajudando impedir que a greve se alastrasse por todo país. Tudo em nome dos seus interesses financeiros e políticos na defesa incondicional do governo Lula e do Presidente Fabiano.
A categoria deve repudiar na base todos esses dirigentes denunciando o papel de capacho do patrão exercido por eles. Infelizmente a UNIDOS PARA LUTAR embarcou também por esse caminho e se juntou a burocracia sindical na aprovação da proposta. Chamamos aos companheiros a refletirem sobre essa política e a mudarem de posição.
Exigimos da direção da FINDECT a rejeição da proposta e a continuidade da greve
A Findect (CTB-PcdoB) em seu último comunicado orientou a rejeitar a proposta e manter a greve. Para essa proposta ser completa tem que ampliar a greve através dos piquetes, democratizar as ações através de comandos de greve eleitos pela base e campanhas mais ofensivas de apoio a greve. Não achamos que pedir a intermediação do Lula, que é o patrão da categoria, vai fazer Fabiano mudar a proposta. O que pode mudar a situação é a amplitude da greve e como fazer ela ganhar as ruas. Entendemos que essa deve ser a aposta central da direção da federação.
Continuar a greve e unificar as lutas
Não temos dúvida que a única saída é rejeitar a proposta e ampliar a greve. É inaceitável congelar o salário das
trabalhadoras /trabalhadores que possuem os piores salários entre as estatais e manter os custos abusivos do plano de saúde.
Defendemos o fortalecimento dos piquetes, a unificação das greves e lutas junto as servidoras do INSS e da saúde federal e que seja feito um chamado para os bancários que estão em campanha salarial se juntem ao nosso movimento paredista fortalecendo, através dos atos de rua, a unidade das trabalhadoras/trabalhadores contra o congelamento salarial e demais ataques.