Construir a greve nacional dos Correios

A campanha salarial dos correios chega na reta final das negociações com a empresa, mais uma vez, não atendendo à pauta da categoria, apresentando uma proposta de reajuste salarial sem aumento real, com 6,05% em janeiro de 2025, e enrolando a categoria em temas fundamentais, como mudanças no plano de saúde e retorno de benefícios importantes retirados pelo governo Bolsonaro, como, por exemplo, o 70% de férias.

Essa campanha ocorre no marco das greves e ataques do governo Lula contra os servidores ambientais, do INSS e saúde federal, onde também nestas categorias o reajuste é somente a partir de 2025 e o governo não atende à pauta dos grevistas.

A retirada dos Correios da lista da privatização, que deveria sinalizar a redução do sucateamento e da terceirização, não ocasionou isso na prática. As condições de trabalho continuam péssimas, não se reabriu nenhuma agência fechada e a própria questão do concurso público patina com uma proposta de 3200 vagas, sendo que, em 10 anos, 40 mil empregados saíram da empresa. Para piorar essa situação, a abertura de um novo PDV (Programa de Demissão Voluntária) vai reduzir ainda mais o quadro de empregados dos Correios.

FENTECT e FINDECT têm que cumprir o indicativo de greve

As duas federações dos Correios — FENTECT (CUT-Artsind-PT e aliados) e FINDECT (CTB-PcdoB) —  indicam que construirão uma greve a partir do dia 08/08 caso não avancem as negociações. Para esse chamado ser consequente, é preciso mobilizar a categoria de verdade e não repetir a postura da campanha de 2023, em que saíram rapidamente a assinar o Acordo Coletivo para evitar uma greve no governo Lula. A falta de independência em relação à direção da empresa e o governo é um empecilho para uma luta consequente. Por isso, exigimos o cumprimento do indicativo do dia 08/08 para
que de fato se construa uma forte greve da categoria ecetista. 

Por uma greve nacional dos correios

Diante da postura da empresa, a greve é a única saída para arrancar aumento real de salário, 70% de férias, concurso público, retorno dos Correios Saúde, com a redução drástica dos custos do plano, e reajuste na função dos motoristas. Temos que lotar as assembleias do dia 07/08 e aprovar a greve. Devemos seguir o exemplo das greves dos servidores federais, unificar os movimentos paredistas e chamar também os bancários, que estão em campanha salarial. Dessa forma, com mais força e unificados, podemos conquistar as nossas pautas.

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