Por Unidade Internacional das Trabalhadoras e Trabalhadores – Quarta Internacional

Na quarta-feira, 31 de julho, o Estado de Israel e o sionismo assassinaram o presidente do Diretório Político do Hamas, Ismail Haniyeh. O dirigente estava em sua residência em Teerã, depois de participar da posse do recém-eleito presidente iraniano, quando um míssil aéreo atingiu sua casa.

De acordo com a RTVE, o governo israelense reconheceu a responsabilidade pelo atentado com uma mensagem na conta do Facebook de sua assessoria de imprensa, com uma imagem de Haniya e a legenda “eliminado”, uma publicação oficial que foi posteriormente excluída. Em abril deste ano, Israel matou seus três filhos e netos em um ataque sistemático e em larga escala em um bombardeio no campo de refugiados de Al-Shati, em Gaza.

Ismail Haniyeh era o principal dirigente do Hamas, além de acadêmico da área de literatura islâmica e ex-reitor da Universidade Islâmica. Ele tinha 62 anos de idade. Durante a primeira intifada, em 1989, ele ficou preso por três anos por Israel. Em 2003, foi ferido por um bombardeio israelense, mas sobreviveu. Haniyeh foi o principal candidato a deputado do Hamas nas eleições de janeiro de 2006, após a segunda intifada.

Após vencer as eleições contra as forças da Al-Fatah, foi nomeado primeiro-ministro da Palestina até ser destituído pelo presidente da Autoridade Nacional Palestina após o rompimento do governo de unidade. Ele permaneceu como parte do governo em Gaza até 2014. Em 2017, foi nomeado presidente do Diretório Político do Hamas. Viveu grande parte de sua vida no exílio, durante sua juventude no Líbano e, nos últimos anos, no Catar, foi um membro ativo das negociações em busca de um cessar-fogo, viajando e participando pessoalmente de várias reuniões. Foi Ismail Haniyeh quem anunciou que o Hamas estava pronto para aceitar as propostas de cessar-fogo feitas em maio deste ano.

Ismail Haniyeh não é apenas reconhecido como liderança do Hamas, mas também é lamentado por muitos palestinos em Gaza e na Cisjordânia, que o veem como uma figura respeitada da resistência. Seu assassinato faz parte da ação criminosa e genocida perpetrada por Israel em Gaza e em todo o povo palestino. O país também está fazendo uso de sua impunidade, com o aval dos Estados Unidos, bombardeando o Irã, a Síria e o Líbano.

Conclamamos o povo a rechaçar o assassinato de Ismail Haniyeh e a manter a mobilização em apoio à heróica resistência do povo palestino.

Gaza Resiste, a Palestina Vive! A Palestina vencerá, do rio ao mar!