“A Luchar”: nosso modelo de sindicalismo combativo e democrático é diferente

Escreve Mariana Scayola, secretária-geral da Ademys

Na plenária de “A Luchar” vamos apresentar o nosso modelo de sindicalismo combativo, democrático e autônomo frente aos governos e aos patrões, algo que será uma marca registada dessa corrente sindical.

Todos os lutadores honestos estão cansados das burocracias. Elas pactuam sempre com os patrões e os governos. Algumas fazem isso abertamente, defendendo o apoio a governadores e presidentes, como fez a CGT durante os quatro anos de Alberto Fernández, Cristina e Massa e ao longo de todos os governos peronistas. É por isso que já se passaram cinco anos desde que convocaram uma greve nacional! Mesmo agora, que estão na “oposição” a Milei, não defendem uma luta consequente para derrotar o ajuste. Só convocam greves quando não têm alternativa, mas sem dar continuidade ao movimento e com tréguas recorrentes, como agora, permitindo a aprovação do ajuste e as demissões. Portanto, a raiva em relação a esses traidores é grande.

Precisamos derrotar tais burocratas. É por isso que impulsionamos a mais ampla unidade da oposição para derrubá-los e que criticamos as correntes de oposição que, no lugar da unidade, apostam na divisão, facilitando a continuidade do controle das burocracias sobre os sindicatos.

Quando conseguimos tirar os sindicatos, as comissões internas e os órgãos de delegados das mãos da burocracia, fazemos mudanças de fundo no modelo sindical e nos métodos da burocracia. E isso nos torna diferentes.

O sindicalismo combativo significa a promoção da luta e da mobilização dos/as trabalhadores/as para defender os nossos direitos e alcançar conquistas. Não acreditamos nos patrões, nas secretarias do trabalho ou na justiça patronal e suas mentiras, que tentam nos convencer de que os/as trabalhadores/as têm que pagar a conta da crise.

O sindicalismo democrático significa também que confiamos cegamente nos trabalhadores, que devem debater e decidir tudo. Não temos medo de assembleias deliberativas gerais, de fábrica ou de setor. Os próprios trabalhadores têm que decidir porquê e como lutar. E avaliar as ações realizadas, aprendendo com os acertos e com os erros, politizando-se e se formando em cada luta. Não acreditamos em dirigentes “estrelas”, que nunca se enganam e que supostamente são os únicos a saber o que fazer e decidir. A burocracia sempre “delega aos comitês executivos” negociações e deliberações. Tudo deve ser debatido e votado em assembleias!

E a autonomia sindical significa independência absoluta frente a qualquer governo e aos patrões.

Fazemos isso em todos os locais em que temos a responsabilidade principal na direção do movimento, como nas ferrovias de Sarmiento, na Ademys e na ATEN Capital, em que, por exemplo, existem assembleias deliberativas de mais de 2.000 professores. Essas são as características que nos diferenciam de todas as outras correntes e que são os pilares fundamentais com os quais vamos construir “A Luchar”.

Por isso, para fortalecer o sindicalismo combativo, democrático e autônomo, te convidamos a se juntar a “A Luchar”.

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