Todo apoio à greve das/os trabalhadoras/es do Meio-Ambiente federal! Repudiamos a criminalização do movimento!

Todo apoio à greve das/os trabalhadoras/es do Meio-Ambiente federal! Repudiamos a criminalização do movimento!

 Os servidores federais da área ambiental estão em greve. O movimento iniciou há oito meses. Ocorreram várias mesas de negociação e as propostas do governo Lula não agradaram os trabalhadores. Primeiramente os sindicatos organizaram operação padrão e a partir de 24/6 e 1/7 a greve se estabeleceu a nível nacional.

A categoria inclui trabalhadores/as do Ministério do Meio Ambiente (MMA), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e do Serviço Florestal Brasileiro (SFB). Em tempos de catástrofe climática, esses servidores são estratégicos e merecem toda valorização. Por isso é justo que exijam a reestruturação da carreira, melhores condições de trabalho e novos concursos públicos. Na última proposta apresentada pelo governo Lula, há proposta de redução salarial de até 6% para os novos ingressantes, o que a categoria avalia que manterá a falta de atratividade na carreira. A reivindicação dos sindicatos é o espelhamento com a carreira da Agência Nacional de Águas (ANA).

Greve é um direito! Repudiamos a criminalização da greve pela via judicial como fez o governo Lula!

A Advocacia Geral da União (AGU) do governo Lula/Alckmin ingressou com ação no Superior Tribunal de Justiça (STJ) na noite do dia 02 de julho, para considerar ilegal a greve dos/as servidores/as do meio-ambiente. Alegam que a greve é ilegal e abusiva e querem impor o imediato retorno ao trabalho e que a categoria garanta 100% de funcionamento, além de multa diária de 50 mil sob os grevistas.

Trata-se de ação autoritária, anti-sindical e um atentado contra a classe trabalhadora e suas entidades representativas. Medida ultrarreacionária contra o direito constitucional de greve e a liberdade de manifestação em nosso país, tomada com rapidez pelo governo porque a greve afeta diretamente licenciamentos ambientais que atingem a indústria petroleira e outras. A criminalização rápida do governo sobre a greve é para responder a esses setores da burguesia nacional e internacional que são diretamente afestados pelo movimento paredista.

O site Metrópoles já havia divulgado a intenção do governo de criminalizar o movimento com a fala de um ministro que não teve a moral de falar publicamente. O tal ministro teria dito “acabou a paciência. Virou mais uma questão política que de direito sindical”.

Repudiamos essa fala e atitude política do governo Lula, que contrasta com o discurso do próprio presidente durante a greve da educação, de que não haveria punição a grevistas no seu governo – nessa greve o governo também teve ações antissindicais judicializando a greve em dois hospitais universitários (UFSC e UFPR) e assinando um acordo com uma entidade cartorial e governista, a Proifes, mesmo com a categoria tendo rejeitado o acordo nas assembleias de base.

A judicialização é uma tentativa rasteira de impedir, com ajuda da justiça burguesa, um movimento legítimo dessa importante categoria, altamente desvalorizada e precarizada e que tem um papel muito importante em defesa dos nossos biomas e da proteção ambiental em geral.

 É preciso solidariedade! Vamos nos manifestar em apoio à greve dos servidores do meio-ambiente! 

A greve é um direto conquistado nas ruas, arrancado na marra, contra as balas, intervenções nos sindicatos e torturas da ditadura militar. Não podemos permitir nenhum retrocesso. É um dever do movimento sindical e popular defender os grevistas da área ambiental e suas entidades. A greve é legal e as reivindicações são legitimas.

Ilegal e abusivo é congelamento salarial, o garimpo e marco temporal! Ilegal e abusivo é pagar uma dívida externa e interna contraída pela ditadura militar e recheada de mecanismos espúrios! Ilegal e abusivo são os crimes socioambientais do agronegócio e da mineração!

Exigimos da CUT, CTB, CONDSEF, FASUBRA, SINASEFE, ANDES, entidades do FONASEFE, UNE, UBES, MST, parlamentares e partidos de esquerda a realização de uma forte campanha contra a criminalização da greve e um dia nacional de luta e solidariedade com a greve dos trabalhadores e trabalhadoras do setor ambiental federal. Propomos aos artistas, entidades e personalidades democráticas a realização de ações em defesa do direito de greve.

Todo apoio aos grevistas da área ambiental! Pelo atendimento de suas reivindicações! Em defesa do direto constitucional de greve!

04/07

COMBATE sindical (CST e independentes)

 

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