Derrotar o Zenaldo e o PSDB sem o PMDB nos ombros. Recusamos o apoio de Maneschy à candidatura de Edmilson
O governo Temer e o PMDB, que hoje ocupam a Presidência da República, comandam no país, um desastroso pacote de ataques visando destruir com o serviço público e direitos historicamente conquistados. Por essa razão, se constituem atualmente no principal inimigo da classe trabalhadora e da juventude brasileira.
Junto com os partidos de sua base aliada, dentre eles o PSDB de Zenaldo Coutinho e Jatene, TEMER e o PMDB executam um ajuste fiscal a serviço dos banqueiros e do grande empresariado brasileiro, com um plano de corte verbas, privatizações e retirada direitos expressos na contrarreformas da Previdência, Trabalhista, do Ensino Médio e no seu terrível Novo Regime fiscal, a PEC 241 que visa congelar investimentos públicos, salário dos servidores e concursos públicos por 20 anos.
Assim esta colocada a tarefa de derrotar Temer e seus aliados, Jatene governador do estado e a nível municipal o prefeito Zenaldo Coutinho que entregou nossa cidade ao caos e agora se utiliza dos meios mais sórdidos para tentar a reeleição.
O Psol, partido do Deputado Edmilson Rodrigues tem sido o único partido a enfrentar essas medidas desde o governo Dilma e agora se afirma como o mais coerente partido de oposição a Temer no Congresso. Edmilson foi autor do projeto de Lei que determinava Auditoria da Dívida Pública (vetado por Dilma) e os parlamentares do PSOL votaram 100% contra a PEC 241.
Depois de um jantar financiado com nosso dinheiro, Temer conseguiu fazer passar a PEC 241 com 366 votos de parlamentares. Dos 17 deputados paraenses 13 deputados de 10 partidos votaram a favor, dentre eles, Eder Mauro do PSD, o PSDB de Zenaldo, e todos os deputados do PMDB de Temer e Maneschy.
Essa votação demonstra, nas eleições municipais , apesar de haverem vários candidatos , haviam apenas dois projetos em disputa em Belém: Um, antiajuste e em defesa dos trabalhadores , da juventude e dos serviços públicos, representado pelo PSOL e Edmilson 50 e outro , o da política privatista de Michel Temer, dos candidatos do ajuste Fiscal representado principalmente por Zenaldo Coutinho/PDSB, Eder Mauro/PSD e Carlos Maneschy/PMDB. Qualquer um desses três candidatos, se eleitos aplicariam o mesma política econômica sendo fiéis aliados do governo Temer para aplicar a PEC 241 e o PLP 257 no município. Todos os três prometeram os Céus, mas nos darão o inferno se eleitos.
Assim, o PMDB e todos os seus representantes municipais, partidária ou individualmente representam o projeto que os trabalhadores precisam derrotar.
Por tudo isso, muito nos preocupa e indigna que a direção do PSOL Belém e coordenação de campanha do companheiro Edmilson tenham recebido com bons olhos e de braços abertos o apoio de Carlos Maneschy, candidato direto de Temer no primeiro turno, derrotadíssimo na eleição com apenas 9,7 % dos votos.
Consideramos um erro brutal nesta reta final de campanha, qualquer postura que cole a campanha de Edmilson ao PMDB, por meio de sua figura pública nas eleições. Para nós, soa inocente demais o argumento de que se trata apenas de um apoio individual e extremamente hipócrita a exigência que Maneschy colocou para tal apoio:
ORA, como é que o candidato do PMDB, nos cobra a construção de um Centro de Educação e de um hospital, enquanto que o partido dele pretende congelar os investimentos em saúde e educação durante 20 anos? Se ele está realmente tão preocupado que milite para que seu partido cancele a PEC 241. Mas Maneschy não fará isso, pois tem acordo com essa política. Não à toa, quando reitor da UFPA, foi fiel aplicador da política de sucateamento do serviço público e ajudou a privatizar os hospitais universitários através da EBSERH.
O que separa PSDB e PMDB em Belém são disputas Inter-burguesas locais. A nível nacional, estão abraçados, a nível nacional e local precisam ser derrotados.
Por isso, nós da CST /PSOL repudiamos o apoio de Maneschy no segundo turno e acreditamos que ele só prejudica a campanha de Edmilson, colocando todo o PSOL aos olhos da população como um partido igual aos demais que se abraça aos seus inimigos para conseguir ser eleito.
Além disso tal fato se torna um prato cheio para a direita que a nivel nacional quer desmoralizar o PSOL. O G1 já lançou um texto dizendo que em Belém há uma aliança entre “golpistas” e “golpeados” e circulam virais no watsapp dizendo que os barbalhos votam 50. Ou seja esse apoio fortalece Zenaldo.
Alertamos que este apoio foi visto com maus olhos por ampla maioria da base do partido (que não teve poder nenhum de decisão sobre tal fato) e dos valorosos militantes e ativistas independentes que se engajaram na campanha, e isso tem se refletido em varias declarações de voto nulo e na perda de apoio entre estudantes e trabalhadores da UFPA (a mesma UFPA quem em Debate promovido pelo DCE no primeiro turno, ovacionou Edmilson Rodrigues e recebeu Carlos Maneschy com gritos de “Fora TEMER”!) .
De nossa parte, declaramos nosso voto em Edmilson, e seguimos na batalha para derrotar Zenaldo, Jatene e Temer nas ruas e nas urnas. Mas frisamos que estampar o rosto de Maneschy em nossa campanha em nada ajuda em nossa tarefa.
Por fim, queremos ressaltar o aspecto antidemocrático dessa decisão feita de cima pra baixa sem consulta às instâncias do PSOL. Posto isso, achamos urgente a realização de reunião do diretório e plenária de base do partido visando discutir os rumos dessa reta final de campanha.
Fora Zenaldo ! Fora Temer! FORA PMDB e PSDB