A CST na greve da educação e nas eleições municipais | Combate Socialista No.183
Esta é mais uma edição dedicada ao apoio à greve da educação federal (ver páginas centrais). Nas conversas com grevistas, muitas vezes surgem questões relacionadas ao movimento sindical e ao governo Lula/Alckmin. Enquanto estamos na greve ou outras lutas, seguimos conversando sobre esses assuntos e explicamos nossa visão.
Ao mesmo tempo, nossas cidades se preparam para as eleições e nós queremos falar sobre as pré-candidaturas socialistas e revolucionárias da CST (leia o manifesto na página 9).
Qual é a do governo Lula/Alckmin?
Muitas vezes ouvimos que Lula faz “o que é possível” ou o que é permitido pela “correlação de forças”. Nós não concordamos com esse ponto de vista. Vejamos. O governo Lula não está à parte da “correlação de forças” entre as classes. A política de pacto com os patrões tenta frear as lutas e transformar sindicatos em correias de transmissão do governo. Bloquear as lutas e destruir nossos instrumentos de luta é prejudicar a força dos trabalhadores. Por outro lado, a política de Lula, formulada pelo ministro petista Haddad, foi o Arcabouço Fiscal para os bilionários e banqueiros. Ou seja, ele está aplicando o seu projeto de frente ampla que não beneficia a nossa classe.
A luta é o caminho para fortalecer as nossas pautas. A greve da educação federal está enfrentando a austeridade fiscal, a política de congelamento salarial em 2024. Greve que precisa de apoio e muita solidariedade.
A política institucional é assim mesmo?
Outras vezes se fala que a “política institucional” é “assim mesmo”. Mas ocorre que os pactos com a cúpula militar, governadores e reacionários como Múcio e Lira não vão nos servir. Eles recebem recursos, junto com banqueiros e multinacionais, e os servidores ficam no “zero”. E isso só fortalece a direita e os setores reacionários. Não podemos esquecer que o governo Dilma governou num pacto com fundamentalistas pentecostais e o agronegócio. Aplicou a agenda fiscal de Levy, MPs 664 e 665, cortou verbas da educação e a lei antiterrorismo. E essa linha gerou rechaço popular, ao mesmo tempo que fortaleceu Temer e os partidos do impeachment. Então a “política institucional” gera retrocessos ou prepara derrotas. Devemos fortalecer as lutas de forma independente e reivindicar as nossas pautas. Governo é governo, sindicato é sindicato e deve ser instrumento de luta.
Exigir da CUT a luta unificada
Estamos batalhando por um comando unificado das greves da educação, com FASUBRA, SINASEFE e ANDES. Exigimos do FONASEFE (CUT e CTB) uma greve do conjunto do serviço público para fortalecer a luta contra o congelamento salarial em 2024. Batalhamos na CONDSEF (CUT) pela construção e unificação das greves da Ebserh, das lutas dos hospitais federais do RJ, do IBAMA, ICMBIO, área ambiental e outros órgãos. Propomos uma jornada nacional de mobilização pelas pautas da classe trabalhadora por reajuste de salário, redução da jornada de trabalho, fim da escala 6x1, aumento do salário mínimo e punição para os golpistas de 8J. Nossa juventude exige da UNE e UBES um plano de lutas dos estudantes (ver página 4). Queremos verbas para educação, saúde e serviço público e não para o pagamento da dívida. Taxação dos bilionários e multinacionais para garantir mais verbas para combater a catástrofe climática que se abate gravemente no Rio Grande do Sul (além de responsabilizar as empresas, expropriar as multinacionais, garantindo recursos efetivos para emergência climática e medidas socioambientais).
Pré-candidaturas Socialistas e Revolucionárias da CST
No dia 04/05, ocorreu a apresentação nacional das pré-candidaturas socialistas e revolucionárias da CST e das nossas propostas em defesa do salário, redução da jornada de trabalho, não pagamento da dívida e taxação dos bilionários, estatização do sistema financeiro e contra a extrema direita golpista. Explicamos os motivos que nos levam a não ser parte da frente ampla de Lula, Guilherme Boulos, Edmilson Rodrigues, do PSOL, do PT, do PCdoB e do PSB. Você pode assistir no canal do YouTube Combate Socialista (veja o Código QR que colocamos ao final desta página). Nossas companheiras Bárbara Sinedino, Lorena Fernandes, Andressa Rocha e Jeane Carla se apresentam como pré-candidatas no Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Uberlândia, respectivamente.
Nas eleições vamos defender a independência política da classe trabalhadora, sem qualquer aliança com patrões, nem com pelegos ou burocratas que se coligam com empresários e vendem nossos direitos. Vamos defender a proposta de um governo da classe trabalhadora, sem patrões, para romper com o capitalismo e a exploração imperialista. A luta por um Brasil Socialista. Participe de nossas reuniões, leia o nosso manifesto e venha com a CST nesta pré-campanha socialista e revolucionária. Colabore financeiramente com nosso jornal e passe este material e nossas páginas eletrônicas aos seus amigos, vizinhos e familiares e seja parte dessa batalha.
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