Mobilizar a USP pelas pautas da greve e de hoje!
Por Guilherme Bueno, Vamos à Luta na USP
Já estamos na metade do primeiro semestre na USP e, até o momento, foram contratados apenas 8% da quantidade de professores prometidos na greve. Essa falta é responsável, por exemplo, pela diminuição de vagas para as habilitações de Francês e Alemão no curso de Letras. Para além do calote na principal pauta da greve do ano passado, começamos o ano com problemas que não apresentam perspectiva de melhoras, como a mudança do horário de início das aulas no noturno, das 19:30 para às 19:00 (que corrobora para evasão dos estudantes trabalhadores), filas dos bandejões e, principalmente, superlotação dos circulares, que chegam cheios ao ponto de não conseguirmos pegar o primeiro ou segundo horário após o término da aula, e obrigam os estudantes do noturno a perderem parte do final da aula ou então gastar dinheiro com uber para não perder o horário de funcionamento do metrô ou ônibus para chegar em casa. Isso é insustentável a longo prazo, por isso colocamos que existe um projeto de exclusão da classe trabalhadora das universidades, que se soma à dificuldade de entrada, aprofundada pelo NEM, para mandar os filhos da classe trabalhadora para postos precarizados de trabalho e aprofundar a exploração, com o uso, por exemplo, da reforma trabalhista e a reforma da previdência.
Não existe outra solução além da mobilização. Como vemos agora, as demandas conquistadas na greve não serão cumpridas sem luta. Devemos exigir da reitoria o cumprimento das pautas acordadas da greve, junto com o fim da mudança de horário do noturno e maior frota de circulares rodando, sobretudo no horário de saída do noturno.