Os servidores públicos federais das universidades, escolas técnicas e do colégio Pedro II (RJ) estão em Greve. Eles exigem mais verbas para a educação pública, recompondo os valores que foram cortados nos anos anteriores; reajuste salarial e melhorias em suas carreiras, já que amargaram um longo período de arrocho salarial e não tiveram a devida valorização. Por isso, exigimos do governo Lula o atendimento das reivindicações dos grevistas.

Defender o serviço público

Muitas vezes, na Rede Globo ou nos jornalões capitalistas como a Folha, os servidores são desqualificados. Mas a verdade é que os capitalistas desejam transformar tudo em mercadoria, pra gente ter que pagar o serviço privado. Querem tirar o dinheiro que vai para hospitais, escolas e trens públicos, para repassar essas verbas para os bancos e grandes empresas. Quem perde é o povo trabalhador. Por isso os servidores e suas reivindicações merecem apoio.

Existem recursos para atender os servidores

Há recursos para atender aos grevistas. Cerca de 46% do orçamento federal está destinado para banqueiros e multinacionais que especulam na BOVESPA (Bolsa de Valores de São Paulo) através da dívida interna e externa. E o Arcabouço Fiscal (teto de gastos nas áreas sociais) foi criado justamente para manter esse pagamento aos agiotas do sistema financeiro. Só que o governo Lula não aplica essa austeridade em todos os setores. Ele concedeu reajuste para tropas que protagonizaram a intentona golpista do 8J, como a PRF, e destina grande orçamento para a cúpula golpista do Exército. Para não falar que destinou 50 bilhões aos corruptos do centrão, liderados por Lira, e 360 bilhões ao agronegócio assassino dos povos indígenas. É isso que gera indignação em muitos colegas que estão em greve neste momento.

Lutar com independência dos governos

Para lutar bem, até o final, é preciso ter independência do governo Lula/Alckmin, governadores e prefeitos. Um exemplo que confirma o que falamos pode ser visto em Fortaleza. Lá a direção do sindicato dos trabalhadores da educação (PT, PCdoB, setores do PSOL) manobrou uma assembleia para impedir a greve. Tudo para defender o governo estadual do PT, gerando repúdio da base da categoria (ver páginas centrais). Na base do ANDES-SN (sindicato dos professores das universidades), os grupos ligados ao PT e PCdoB organizam movimentos contra a greve, caso da UFRRJ e UFF, para blindar Lula. Sem independência a luta não avança.

Unificar as lutas, reivindicações e campanhas salariais

No último dia 3 ocorreu um dia nacional de luta agrupando, em cidades como Rio de Janeiro, Belém e outras, várias categorias do serviço público federal. Ocorrem greves, como na educação de SC, Belém do Pará ou Fortaleza. Outras lutas, como do município de SP, paralisaram escolas e creches na maior cidade do país por 20 dias.
O Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas divulga a luta dos operários da Toyota de Indaiatuba contra o fechamento da fábrica. O Sindicato dos Metalúrgicos de São José do Campos segue realizando ações pela estatização da AVIBRAS.
Exigimos do FONASEFE e da CONDSEF a construção da greve unificada dos Servidores Federais (ver páginas centrais). Exigimos da CUT, CTB, Força Sindical e UGT a unificação das lutas, campanhas salariais, greves e ações operárias, unificando o conjunto da classe trabalhadora. Uma jornada de lutas nacional, com passeatas unificadas para unir as lutas, pelo atendimento das pautas dos servidores, por salário, emprego, renda, fim da escala 6×1, pelas reivindicações dos metalúrgicos de São Paulo, dentre outras reivindicações.

Ao lado do apoio à greve, a CST também se prepara para a batalha eleitoral. Nesta edição apresentamos nossas pré-candidaturas socialistas e revolucionárias de Belo Horizonte e Uberlândia (ver pág. 9 e 10). Vem com a gente! Se possível, colabore para levar esta mensagem contra o sistema capitalista mais longe. Divulgue este jornal e ajude a que essa proposta chegue nas grandes empresas, linhas de metrô, trens e garagem de ônibus, refinarias, fábricas, escolas, universidades, favelas e periferias. Ou utilize ele para reunir seus colegas na saída do trabalho ou da aula ou seus vizinhos e familiares num final de semana.
Nossa pré-campanha é contra os governos e os patrões. Não temos os bilhões de impulsionamento pago dos marqueteiros e nem aparecemos no horário eleitoral deles. Nós só contamos com o horário combativo das nossas redes e da nossa militância. No próximo dia 18 de abril, às 18h, vamos publicar o primeiro vídeo de nossas pré-candidaturas de SP, RJ e BH. Assista, curta, comente e compartilhe!

Centenário de Lenin – A vigência de Lenin no século XXI

No dia 22/03, realizamos o debate “A vigência de Lenin no século XXI” com Miguel Sorans (dirigente da Izquierda Socialista/Argentina e da UIT-QI). Muitos grevistas da FASUBRA, trabalhadoras e trabalhadores de várias categorias e jovens participaram. A íntegra da palestra pode ser acessada abaixo. Não perca a oportunidade de saber um pouco mais sobre Lenin e seu legado para as lutas atuais.